domingo, 11 de novembro de 2012

Lugares da Bíblia - Rio Eufrates



Na área do antigo Éden, um dos grandes rios da Mesopotâmia está seriamente ameaçado pela maior seca de sua história, citada no livro de Apocalipse





O Eufrates, um dos dois grandes rios que cercam a Mesopotâmia e um dos maiores da antiga região do Jardim do Éden, é formado por dois afluentes, o Kara e o Murat, da Turquia. Com quase 2,8 mil quilômetros de extensão, ele escoa para o sudoeste, passando pela Síria e pelo Iraque, para se encontrar com seu outro grande “irmão”, o rio Tigre, e formar o Shatt al Arab, que deságua no Golfo Pérsico.

Porém, a situação do Eufrates não está nada normal, e a própria Bíblia explica o que está acontecendo.
O grande rio recebe, em condições normais, a maior parte de suas águas das chuvas e do degelo do início da primavera, cujo pico se dá nos meses de abril e maio. O grande potencial hidrográfico faz com que várias usinas hidrelétricas estejam ao longo de seu curso.

“E o sexto anjo derramou a sua taça sobre o grande rio Eufrates; e a sua água secou-se, para que se preparasse o caminho dos reis do oriente.”
Apocalipse 16:12

Por meio de uma famosa matéria veiculada pelo jornal estadunidense The New York Times em 2009, o mundo soube, alarmado, da grande seca que desalojou lavradores e pescadores, que migraram à procura de melhores condições de vida.



A profecia bíblica ganhou mais força ainda pela imprudência humana. A exagerada exploração do potencial hídrico pela Turquia e pela Síria, o uso incorreto por agricultores de seu vale e os danos ambientais em suas margens contribuíram muito para que o histórico rio perdesse quase toda a sua água.


Vastas áreas antes ocupadas por alagadas plantações de arroz já viraram quase desertos, com sua ampla superfície árida. A despeito dos acontecimentos políticos e combates recentes, só por causa da seca, o cultivo do cereal no Iraque diminuiu 95%. Fazendas de cevada e tâmaras estão sendo abandonadas por seus proprietários, que rumam para a zona urbana mais distante em busca de sobrevivência, assim como os moradores das pequenas comunidades e cidades ribeirinhas.



A disputa pela água do grande rio mesopotâmico e seus semelhantes quase causou uma guerra na década de 1970, quando as primeiras represas sírias começaram a ser construídas.

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