quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Costumes da Bíblia - As batalhas de Josué


Após chegar à Terra Prometida, a bênção de Deus não foi dada instantaneamente: o povo teve que se esforçar muito para conquistar o território




Após a morte de Moisés, Josué foi incumbido por Deus de liderar Seu povo pelo deserto rumo à Terra Prometida, então chamada Canaã. Por muitas vezes, embora o próprio profeta pudesse duvidar, o Senhor o incentivava a ser forte e corajoso, pois havia lhe dado condições de vencer o histórico desafio (Josué 1:6-9).

A segunda separação das águas

Assim que foi realizada a famosa travessia do Jordão e os hebreus pisaram pela primeira vez no torrão prometido pelo Pai, eles perceberam que a região era habitada por outros povos. Já haviam chegado ao que Deus lhes prometera,mas teriam que lutar para tomar posse. Os moradores originais ficavam em cidades independentes e fortemente guarnecidas por muralhas. Nenhum deles estava, obviamente, disposto a abrir mão de suas terras e posses. Josué foi uma figura chave na conquista desses pequenos reinos, numa interação entre a dependência de Deus e astutas estratégias de guerra.

O episódio em que as águas do Mar Vermelho se afastaram para que os hebreus passassem sob a liderança de Moisés, fugindo dos egípcios, é bastante conhecido. Mas houve outra separação de águas: a já citada travessia do Jordão. Na ocasião, o curso d’água estava em um de seus mais caudalosos períodos, pois acabara de receber as águas do degelo do monte Hermon. Quando a Arca da Aliança passou, antes do exército de Josué, o rio foi milagrosamente represado, até que o precioso baú chegasse à outra margem em segurança (Josué 3:1-4:24).

A volta da circuncisão

Durante a peregrinação de 40 anos pelo deserto, a circuncisão foi um pouco negligenciada. Em Gilgal, Josué determinou que o procedimento fosse retomado com rigor, no sentido de reafirmar a aliança dos israelitas com Deus (Josué 5.1-12).

A queda das muralhas

Uma das cidades mais antigas do planeta,Jericó era o ponto de controle da estrada que atravessava a área central canaanita. Era, portanto, de vital importância que a urbe fosse tomada, mas suas imponentes e aparentemente intransponíveis muralhas eram um empecilho. Quando fazia o reconhecimento do terreno, Josué foi visitado por um anjo guerreiro que lhe lembrou de que tal batalha não era do líder hebreu, mas de Deus (Josué 5:13-15).

A estratégia foi incomum: as muralhas caíram após o exército de Josué circundar a cidade ininterruptamente durante 7 dias, em marcha de louvor a Deus, ao som de trombetas (Josué 8:1-29). Com a ruptura do muro (ilustração ao lado), os israelitas entraram e conquistaram.

O pecado derruba Israel
Em Josué 7:1-5, vemos que o hebreu Acã caiu em tentação e pegou um pouco do espólio de Jericó (as riquezas saqueadas dos habitantes originais). Logo depois, quando o exército israelita tentou conquistar a cidade de Ai, perdeu humilhantemente de seus moradores. A derrota se deu devido ao pecado do roubo dos espólios, que pertenciam à casa de Deus. Josué prostrou-se diante do Senhor, pedindo perdão para seu povo, que foi concedido. Ai foi conquistada após várias batalhas e emboscadas (como mostra Josué 8). O povo seguiu rumo a Gibeão.

Renovada a aliança
No monte Ebal, Josué construiu um altar e renovou a aliança entre Israel e Deus (Josué 8: 30-35). Descendo para Gibeão, os gibeonitas tentaram um acordo de paz, mas foram condenados a trabalhos forçados (Josué 9). O exército de Deus teve de defender a cidade dos ataques de outros reinos de Canaã.

A porção sul canaanita foi conquistada cidade por cidade, e Israel passou a ter o controle da região (Josué 10).

A conquista do Norte
Canaã estava dividida em duas partes: os reinos do sul, já dominados por Israel, e o do norte. A importante cidade nortista de Hazor foi conquistada por Josué e, a partir dela, toda a área.
Cerca de 30 anos após a travessia do Jordão, Canaã era toda dos hebreus. Todavia, alguns bolsões de resistência permaneceram em algumas áreas.

A morte do honrado líder
Siquém foi o último ponto da longa viagem de Josué na liderança de seu povo. Já em avançada idade, ele renovou novamente a aliança de seu povo, que teimava no pecado, com Deus (Josué 24).

O líder sucessor de Moisés teve vida longa, morrendo com 110 anos, enterrado na cidade – onde até hoje seu túmulo é visitado.

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