sábado, 2 de junho de 2012

As formigas nos ensinam a amar

"Como o espírito solidário de algumas delas salva a vida de todas as suas companheiras"
          
Não é nada agradável esperar para ser atendido em uma enorme fila e ver alguém, no pior sentido da palavra, “cara de pau” passar a sua frente e ainda dando aquele sorriso de sarcasmo se achando a pessoa mais esperta do mundo porque chegou tarde e, como quem não quer nada, se infiltrou com a ajuda de um amigo e tomou o lugar de quem estava minutos ou horas a fio esperando honestamente em seu devido lugar.

Você já deve ter passado por uma situação assim, ou até mesmo ter sido esse sujeito que só pensa em si e em barganhar alguma vantagem, sem sequer se importar com o nariz de quem está ao seu lado, ou à frente ou atrás, seja como for.
E depois, quem sabe, não reclamou de uma injustiça que lhe aconteceu, quando você de fato estava certo, mas veio alguém por trás e puxou seu tapete e não sabe até hoje o motivo dessa suposta falta de justiça com a sua pessoa.
Pois é.
Às vezes esquecemos que a vida é um ciclo, que o mundo dá muitas voltas e que aquilo que plantamos nós colhemos.
Quem sabe se aprendêssemos com as formigas, não teríamos uma sociedade mais justa e menos reclamona? É como o sábio rei Salomão disse uma vez e se encaixa como uma luva até hoje: “Vai ter com a formiga, ó preguiçoso, considera os seus caminhos e sê sábio. Não tendo ela chefe, nem oficial, nem comandante, no estio, prepara o seu pão, na sega, ajunta o seu mantimento”. Provérbios 6.6-8
Veja que bacana o exemplo delas e não diga que não poderíamos aderir à nossa “civilizada” sociedade:
Alguns tipos de formiga, chamadas de “formiga pote-de-mel”, vivem em áreas áridas da América do Norte, África e Austrália. E se destacam pelo “espírito de solidariedade” com que vivem umas com as outras.
Elas se alimentam de néctar produzido por plantas assim que o período chuvoso finda nessas regiões. O problema é que não haveria com o quê se alimentassem depois que as chuvas passam, salvo pela contribuição mútua delas. É aí que entra o trabalho fundamental das “pote-de-mel”.
Para sobreviverem, algumas formigas são escolhidas – o critério de seleção se dá pelo “porte físico”, ou seja, quem tem o corpinho mais robusto é selecionado para a operação de sobrevivência.
As indicadas acumulam o máximo de néctar possível no abdômen, que funciona como um reservatório – e elas acumulam tanto, que em alguns casos, dá a impressão de que estão carregando uma uva. É claro que para elas não é nada fácil, porque o peso é muito grande, o que dificulta até mesmo na locomoção. Ainda assim, elas seguem o caminho da planta, em que armazenaram o néctar, até o formigueiro, onde vão alimentar todas as outras formigas, por assim dizer, não tão privilegiadas fisicamente.
Ali, elas regurgitam o néctar guardado, enquanto as outras se alimentam dele. E assim que acaba, voltam a viver normalmente, apesar do sacrifício a que elas se submeteram pelas outras.
Aí, quando lembramos o simples exemplo acima sobre a fila em nossa sociedade e vemos o das formigas na sociedade delas, o que vem à nossa mente, senão uma leve vergonha íntima pelo fato de que, em muitos casos, não conseguimos viver em grupo, muito menos praticar o espírito coletivo e, quem dirá, enfrentar as muitas dificuldades e infelicidades da vida?

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