"Vistos aqui e ali, aqueles pequenos acontecimentos que fazem o dia ter mais graça"
Estava escrito
Caminhando pela rua, vejo na grande janela do andar superior de um sobrado um cartãozinho de papel apoiado na grade, com uma carinha infantilmente desenhada e um recadinho aos passantes:
“Sorria!”
Funcionou.
Direto da fonte
Ela passeava na hora do almoço, que estava no finzinho. Cortou caminho pela pracinha muito aprazível naquele dia de céu azul. Os raios do sol passavam pelas frestas da copa da grande árvore fazendo desenhos no chão.
Num banco ela viu o amigo poeta, de camiseta branca folgada, bermudas e tênis.
Ele curtia os últimos dias das tão necessárias férias. No ouvido um fone cujo fio ia até o bolso, onde estava o diminuto aparelho de mp3. Pela cara dele, ouvia algo leve e agradável.
Ele a recebeu com um sorriso, sem dizer nada. A moça quebrou o silêncio:
– O que está fazendo aí?
– Me inspirando!
Sexo Oposto
Homem, vendo sua esposa pensativa e com uma expressão diferente da normal:
– O que você tem?
– Nada...
Sentando-se, preparou-se. Sabia que aquele nada significava tudo, menos nada.
Primavera urbana
Manhã ensolarada (e linda!). Na calçada em frente ao simpático sobradinho, a moça loira não varria lixo.
Varria flores.
Aqui e agora
Ele, percebendo que ela sorria de dentro do abraço que lhe dava:
– Que foi?
– Não foi... Está sendo!
Ficou quieto, abraçou mais e deixou ser.
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