quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Um amor verdadeiro pode acabar?



Depende de como o casal passará pelas mudanças da vida





Quem nunca fez juras de amor eternas e não conseguiu entender como o relacionamento perdeu a graça e o sentido? Isso tem uma explicação. Segundo a psicóloga Alice Lewi, um amor verdadeiro pode acabar, pois nada na vida é estático. “Uma coisa que faz sentido em uma fase da vida, em outra pode não fazer. O fato de um relacionamento acabar, não quer dizer que o sentimento não foi verdadeiro”, explica ela

É importante entender que o amor faz parte de uma das fases de um relacionamento. “São etapas distintas, que se desenvolvem: a paixão é o primeiro momento, onde a pessoa fica pensando em seu companheiro o dia todo, tem aquela ansiedade para vê-lo. Se apaixona pela projeção que faz da relação, por uma ideia do que pode vir, e isso é um processo natural. Já o amor é a segunda fase, quando o relacionamento se mantém e há a possibilidade de conhecer a pessoa que realmente o outro é, em vez do que foi imaginado e projetado anteriormente. É nessa fase que se começa a admirar, querer compartilhar e conviver, apesar das diferenças”, explica a psicóloga.

No amor, não dá para se sentir acomodado, pensando que já conquistou o companheiro. “É preciso dar atenção, ter interesse genuíno, dar carinho, estar ao lado, ser cúmplice. Na rotina, deve-se encontrar momentos juntos, só os dois, e aceitar o outro como ele é”, enfatiza.Para Alice, o amor não é arrebatador como a paixão e possibilita viver junto, por isso é importante saber como manter o relacionamento. “Cada relação é única, o que faz sentido para um, pode não fazer para o outro. Uma relação amorosa, assim como qualquer outra, precisa ser cultivada.”

O próximo passo
Romper um relacionamento amoroso é sempre doloroso, para ambos. “Quando a gente se apaixona por alguém, investe na relação, e quando isso termina, em geral, é doloroso para os dois, mesmo que não pareça. Pode ser chamado de um pequeno luto, pois toda a expectativa que se colocou na pessoa precisa ser retirada, e isso é um processo doloroso”, pontua Alice.

A engenheira química Paula Cerqueira, de 28 anos, conta que passou pela separação de um noivado e pensou que nunca mais sairia daquele momento de dor. “Eu o amava, mas ele não mais. Rompeu o noivado comigo a 3 meses do casamento. Eu perdi o meu chão, não saí de casa por semanas e senti aquela dor por muito tempo. Hoje estou namorando outra pessoa e percebo o quanto tudo foi positivo, pois cresci e tive que melhorar muitas coisas no meu comportamento, para que eu não sofra novamente.”

Para a psicóloga, é importante dar o próximo passo depois de sofrer uma decepção amorosa. “Há pessoas que ficam presas neste processo e não conseguem passar da fase do sofrimento. Com o tempo, há uma reflexão sobre tudo que levou ao rompimento, inclusive o que ela também fez de errado, podendo amadurecer e se fortalecer. É preciso se abrir para o novo, porque fechar esta possibilidade envolve uma perda muito grande para a vida de qualquer pessoa.

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