quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Lugares da Bíblia - Túmulo de José do Egito



Os restos mortais do ex-escravo que virou governador foram levados para Siquém, e seu mausoléu foi objeto de violentas disputas ao longo dos milênios





O personagem bíblico hebreu José foi escravo no Egito e, pela graça de Deus e seu comprometimento com Ele, tornou-se governador do reino, ficando acima dele somente o faraó da época. É comum, por isso, acharmos que seu corpo foi sepultado no país das Grandes Pirâmides. Porém, judeus trasladaram seus restos mortais para a bíblica Siquém, atual Nablus, no norte da Cisjordânia. Até hoje, seu túmulo naquela cidade é visitado por judeus, cristãos e muçulmanos, mesmo após ter sido depredado por palestinos, em 2000 – hoje restaurado.

O monumento foi objeto de várias disputas violentas no decorrer de sua existência. Na época do poderio bizantino, já era reclamado por cristãos e samaritanos. Quando Israel tomou a região, em 1967, durante a Guerra dos Seis Dias, os muçulmanos foram proibidos de orar no túmulo de José.O túmulo, bem simples no início, foi ganhando benfeitorias ao longo dos séculos. Hoje, a sepultura de José fica em um cômodo retangular com uma cúpula no meio.

Em 1993, foram assinados os Acordos de Paz de Oslo, em que palestinos e judeus prometiam começar um esforço mais consistente pela paz, mediados pelos Estados Unidos (na foto abaixo, com os então líderes Bill Clinton, dos Estados Unidos; Yitzhak Rabin, de Israel – assassinado 2 anos depois por extremistas israelenses contra o acordo – e Yasser Arafat, da Organização para a Libertação da Palestina, a OLP).



Conforme o tratado, o túmulo de José ficou em território novamente palestino, mas controlado por Israel – os islâmicos ainda eram proibidos de orar nele. Quando aconteceu a Intifada de Al-Aqsa, em 2000, um grupo de muçulmanos tomou o monumento à força e o depredou, profanando a tumba.



Em 2002, os judeus retomaram o local e o restauraram, fruto de um novo acordo entre a Autoridade Palestina e Israel. Porém, as celebrações no local diminuíram bastante, resumidas a uma reunião mensal, por medo de mais violência.

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