segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Lugares da Bíblia - As estradas romanas



Descubra por que "todos os caminhos levam a Roma"





O Império Romano ocupava uma vasta área nos tempos bíblicos. Para garantir o transporte de suas forças militares e mercadorias, os Césares (imperadores) providenciaram um extenso sistema de estradas que interligavam os domínios – daí o velho ditado “todos os caminhos levam a Roma”.

Os caminhos romanos ligavam a capital do império a 
lugares até hoje muito importantes economicamente. Penetravam pela Bretanha para o oeste, para a Mesopotâmia a leste, para a região do rio Danúbio na Europa Central e, mais além, para o norte da África. Eram mais de 80 mil quilômetros (km) de vias pavimentadas.Eram grandes estradas calçadas – com resquícios do mesmo revestimento até hoje – com várias ramificações. Alguns trechos são usados até os dias atuais, devidamente asfaltados ou cobertos por paralelepípedos, incluindo alguns que passam por dentro de importantes cidades.



Algumas dessas famosas estradas estão até hoje em uso na Itália, tanto turística e histórica quanto economicamente. A mais famosa é a Via Ápia (nas duas fotos acima), com 260 km, que sai de Roma a sudeste, rumo ao Mar Adriático – aquela porção do Mediterrâneo que fica “atrás da bota” italiana (sua aparência no mapa), para os lados de seu “calcanhar” (foto abaixo).



A Via Aurélia sai rumo noroeste para Gênova. A Flamínia segue a nordeste, também em direção ao Adriático. A Emília atravessa o rio Rubicon. Para leste e sudeste da capital italiana seguem, respectivamente, as vias Valéria e Latina.

Pavimentação
A qualidade do calçamento das estradas romanas era notável, com o que havia de melhor na tecnologia do ramo na época – tanto que muitos trechos preservados nos dão hoje uma firme noção dos caminhos percorridos pelos legionários e por cristãos como o apóstolo viajante Paulo de Tarso. As pedras eram bem retas, fortes, e a superfície, com um leve declive para ambos os lados da via, permitia a drenagem das águas pluviais, como em muitas pistas e ruas de hoje. Eram usadas pedras cortadas manualmente para garantir a superfície reta, mas as estradas também eram cobertas em algumas partes com uma espécie de concreto feito com cinzas vulcânicas e brita – algo mais próximo do asfalto que conhecemos.



Das diversas pontes de pedra que permitiam o acesso sobre rios, muitas permanecem em uso Europa afora (foto acima), resistentes a milênios de intempéries como enchentes e terremotos, além de guerras. A tecnologia das pontes romanas em arco é até hoje utilizada, com pedras ou outros materiais mais modernos.

Rapidez
As modernas vias pavimentadas facilitavam a conquista de territórios por Roma e providenciavam rapidez onde antes havia apenas terrenos acidentados ou charcos. No início, as tropas faziam os longos caminhos basicamente a pé, depois utilizando cavalos e carroças. A presença das estradas facilitava também a administração dos domínios. Ao longo do caminho, ficavam entrepostos e destacamentos militares, que funcionavam como alfândegas e vigias.

As vias romanas também ajudaram muito na propagação do cristianismo. Ironicamente, a mesma infraestrutura do império que combatia a crença em Jesus Cristo como Salvador e chegou a executá-lo – assim como a muitos outros mártires –, permitiu que a Palavra começasse a ser espalhada com mais facilidade pelo mundo então conhecido.

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