Os tolos pecam e não se
importam, mas os bons querem ser perdoados. (Provérbios 14:
9).
O nosso pior inimigo, não há
dúvida, é o pecado. E isto, porque Ele é o único fato que impede o agir pleno de
Deus em nossas vidas, separando – nos da glória que nos está proposta. Todos
pecaram e estão afastados da presença gloriosa de Deus (Romanos 3: 23,
NTLH).
Esse estado pecaminoso que
afeta todo o ser humano não é a vontade de Deus, uma vez que característica
eterna é a santidade e a perfeição. Além do mais, Ele quer que desfrutemos de
sua presença e bênçãos. O profeta Isaías (59: 1-2, RA) esclarece: “Eis que a mão
do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido,
para não poder ouvir. Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o
vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não
ouça”.
No entanto, há um meio de nos
reconciliarmos com Deus, o Pai. Esse meio, que é único, é o recebimento do
perdão dos pecados mediante a fé no sacrifício de Jesus Cristo na cruz do
calvário sendo algo verdadeiramente transformador e fruto do poder do eterno
amor de Deus. Só o perdão dado por Deus pode nos livrar do peso do pecado. Não
há ato religioso, nem dinheiro ou aprovação humana que pode nos retirar esse
fardo, a não ser o perdão entregue por Deus aos que creem na obra de Cristo
Jesus.
É claro que o perdão dado por
Deus não é entregue aos que clamam somente com os lábios, pois o Senhor não se
preocupa com o exterior, mas é dado aos que clamam com o coração. O rei Davi
confiava nisso: “Ó Deus, o meu sacrifício é um espírito humilde; tu não
rejeitarás um coração humilde e arrependido” (Salmos 51: 17, NTLH). Assim, o
perdão pressupõe arrependimento verdadeiro.
Portanto, não importa o
pecado ou o rito do perdão, mas sim o coração, uma vez que a vontade do Senhor é
que, uma vez perdoados possamos nos ver libertos dos laços do inimigo, e isso só
é possível quando nosso coração está disposto a viver uma nova vida. Não foi
isso mesmo que nos ensinou o Mestre? Erguendo-se Jesus e não vendo a ninguém
mais além da mulher, perguntou-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores?
Ninguém te condenou? Respondeu ela: Ninguém, Senhor! Então, lhe disse Jesus: Nem
eu tampouco te condeno; vai e não peques mais.(João 8: 10,11,
NTLH).
Deve-se falar ainda, que o
perdão é um ato dado por Deus aos que o buscam de coração, mas o ato de
arrependimento e busca do perdão deve ser nosso. Disse o filho pródigo:
Levantar-me-ei, e irei ter com o meu pai, e lhe direi: Pai, pequei contra o céu
e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos
teus trabalhadores. (Lucas 15: 18, 19, NTLH). No mesmo sentido o profeta
Miquéias (7: 8,9, NTLH): Ó inimiga minha, não te alegres a meu respeito; ainda
que eu tenha caído, levantar-me-ei; se morar nas trevas, o Senhor será a minha
luz. Sofrerei a ira do Senhor, porque pequei contra Ele, até que julgue a minha
causa e execute o meu direito; Ele me tirará para a luz, e eu verei a sua
justiça.
Encerrando, não podemos de
nos esquecer de que quando nos encontrarmos em pecado o tempo de se arrepender e
pedir perdão é o seguinte, ou seja, o mais rápido possível, o “enquanto há
tempo”.
Filhinhos meus, estas coisas
vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado
junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo. (1 João 2: 1, RA).
Quem, ó Deus, é semelhante a
ti, que perdoas a iniquidade e te esqueces da transgressão do restante da tua
herança? O Senhor não retém a sua ira para sempre, porque tem prazer na
misericórdia. Tornará a ter compaixão de nós; pisará aos pés as nossas
iniquidades e lançará todos os nossos pecados nas profundezas do mar. (Miquéias
7: 18,19, NTLH)
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