Existem hoje inúmeras denominações para caracterizar o relacionamento pré-casamento.
Mas o que nos importa entender é qual é a vontade de Deus para o relacionamento de duas pessoas que pretendem se casar.
Sim, precisamos partir do princípio de que pessoas que esperam, ouvem e obedecem a vontade de Deus em sua vidas, não entram em relacionamentos apenas para ver que fim vão levar. Elas se comprometem com Deus e com seu parceiro, buscando descobrir qual é a vontade do Pai para os dois juntos.
E quais são, então, os parâmetros para um relacionamento que agrade a Deus?
"Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente." (Romanos 11:36)
Quando entendemos que a verdade deste versículo deve-se aplicar a TODAS as áreas da nossa vida, compreendemos que não há razão de existir um relacionamento se não veio dEle, se não é através dEle e para dar glória a Ele.
E como saber que veio dEle?
Sabemos que para essa pergunta não existem fórmulas. Cada caso é um caso e não se pode generalizar a forma como Deus revela Sua vontade. Mas sabemos que existem alguns princípios básicos que se obedecidos podem evitar confusão e facilitar o caminho para entender a vontade do Pai.
A sujeição às autoridades (pais, discipuladores, pastores, etc.) é uma forma de sujeitar-se também a Deus e ouvir Sua direção.
A amizade desinteressada anterior ao relacionamento também pode facilitar o conhecimento mútuo e revela se os planos para o futuro de ambos são compatíveis.
Deus pode falar e expor Sua vontade de inúmeras formas. É necessário estar atento e com um coração realmente submisso para entender e corresponder com o que Ele diz.
E como se relacionar através dEle?
Gostaria de focar aqui em alguns princípios que estabelecem um padrão para qualquer relacionamento dentro da vontade de Deus, seja ele amoroso, familiar, de amizade, profissional ou de qualquer outro tipo.
Submissão e sujeição: "Sujeitando-vos uns aos outros no temor de Deus". (Efésios 5:21)
Creio que uma das formas mais eficazes de ouvir e obedecer a Deus é quando decidimos nos submeter a nossos irmãos e crer que através da vida deles Jesus se manifesta revelando a sua vontade e nos dando direção. O Pai nos criou para viver em família e é Seu prazer tratar as nossas vidas através do relacionamento entre os seus filhos. Isso somente é possível quando nós nos entregamos e aceitamos que Deus deseja nos ensinar através dos irmãos.
Perdão: "Suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também". (Colossenses 3:13)
"Antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo". (Efésios 4:32)
Muitos de nós ainda não conseguimos entender o que Jesus quis dizer quando orou "Pai, perdoa a nossas dívidas, assim como perdoamos aos que nos devem" em Mateus 6. Ele pediu que a medida de perdão do Pai com relação a ele fosse a mesma com a qual ele perdoa os que o ferem. Sendo assim, se não somos perdoadores dos que nos ferem, o Pai nos trata com a mesma medida. Já imaginou não receber perdão do Senhor? Estaríamos perdidos!
O perdão deve ser base para todos os relacionamentos, pois uma das únicas certezas que podemos ter quando nos relacionamos com alguém é que em algum momento seremos feridos e também iremos ferir. Sem perdão não há como manter relacionamentos saudáveis e duradouros.
Honra: "Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros". (Romanos 12:10)
No relacionamento entre duas pessoas que pretendem se casar, a honra inclui também a não defraudação. Você não pode gerar expectativas que não poderá suprir, e nisso incluem-se expectativas emocionais, sexuais, materiais e quaisquer outras.
Honrar seu irmão, nesse caso, é reconhecer a santidade de Deus nele. É também honrar o espírito santo que vive nele.
Transparência: "Confessai, portanto, os vossos pecados uns aos outros, e orai uns pelos outros, para serdes curados. A súplica de um justo pode muito na sua atuação". (Tiago 5:16)
"Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado". (I João 1:7)
A transparência é ferramenta fundamental na caminhada cristã.
Quando decidimos andar na luz podemos receber cuidado e perdão através da vida de nossos irmãos.
A vergonha é a principal arma do diabo contra os filhos de Deus para aprisioná-los ao pecado, mas a confissão de pecados é a principal armas dos filhos de Deus contra o pecado.
Quando somos transparentes não temos do que nos envergonhar.
Não temos o que esconder e por isso o diabo não pode nos intimidar.
Quando somos transparentes a luz de Jesus pode brilhar através de nós.
Seria possível citar outros muitos princípios, mas esses já são suficientes para começar.
Se observarmos todas essas coisas e estivermos com nosso coração focado em agradar e obedecer a Deus, será fácil fazer com que o relacionamento glorifique ao nome de Jesus e dê frutos para Ele!
Vamos praticar?
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