quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Rute


"A companheira fiel"

Rute era casada com o hebreu Malom e se dava muito bem com a sogra, Noemi. Quando ficou viúva, se apegou muito à sogra, a ponto de acompanhá-la até Belém. Lá, se casou com Boaz e reconstruiu a própria vida. Jesus é um dos descendentes de Rute. 

- Principais virtudes 
A amizade, a fidelidade, a dedicação e o desprendimento. Fez um dos mais lindos votos de amizade à sogra. “Onde quer que pousares, ali pousarei eu. O teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus” (Rute 1:16). 

- Características 
• Amiga Tratava bem a todos e era muito carinhosa. 
• Responsável Trabalhava em campos de cevada e nunca reclamava do trabalho, fazendo o melhor. 
• Confiável Procurava ser honesta e íntegra nos afazeres diários. Tinha uma boa reputação e chamava a atenção dos chefes por isso. 

- Seja como Rute Ela era uma mulher muito doce e competente. Para agir como Rute, seja íntegra em tudo que fizer: trabalho, casamento e família. 

domingo, 26 de agosto de 2012

Homens da Bíblia: Assuero


Um homem justo, aberto para corrigir erros


Assuero era um rei que gostava de obediência. Ele ordenou que sua esposa, a rainha Vasti, por exemplo, deveria dar lugar a outra rainha, por ter se recusado a estar na presença dele durante um banquete (Ester 1:10-22). Isso serviria de exemplo para que outras mulheres do reino não desobedecessem seus maridos.

Logo depois, Assuero acha graça em Ester e casa-se com ela. Uma mulher judia, mas que guardou sua raiz familiar em segredo, conforme pedido do seu primo Mardoqueu, que a criou (Ester 2: 1-19).

Mardoqueu descobriu uma conspiração contra o rei e avisou Ester, para que ela avisasse Assuero. Esse feito ficou registrado nas crônicas perante o rei.

O rei Assuero tinha um ministro chamado Hamã, a quem ele honrou, e todos que estavam à porta do rei deveriam se prostrar perante ele. Mas Mardoqueu não se inclinava. Isso muito indignou Hamã e fez com que criasse ódio em seu coração (Ester 3:1-6).

Por causa desse ódio, Hamã usa da confiança que Assuero tinha depositado nele e manda matar todos os judeus, pois sabia que aquele homem que não o honrara tinha essa linhagem (Ester 3:7-15).

Porém, certo dia, o rei estava lendo as crônicas do seu reinado e viu que um homem o havia beneficiado, mas que não houve retribuição. Dessa forma, ordenou a Hamã que honrasse Mardoqueu (Ester 6).

Depois disso, a rainha Ester desmascara Hamã na frente de Assuero, ao pedir que seu povo fosse poupado da lei que antes fora editada. E Hamã foi enforcado na mesma forca que antes havia preparado para Mardoqueu, conforme ordem do rei (Ester 7).

Agindo de forma correta

Assuero era um homem justo, mas confiou na pessoa errada, que o fez tomar atitudes precipitadas e sem escrúpulos. Porém, ao saber que não havia agradecido a Mardoqueu de alguma forma, mandou que ele fosse honrado.

Podemos aqui dizer que Assuero demonstrou, além de ser justo, ser humilde e aberto para corrigir erros. Ele, como rei, poderia deixar de honrar alguém, pensando que somente ele deveria ter destaque no reino. Também não precisaria resgatar uma história do passado para corrigir um erro, poderia apenas ficar quieto e deixar tudo como estava, mas não o fez.

E você, está agindo como na sua vida, como um Assuero ou sendo injusto com as pessoas? Tem tido coragem de corrigir os erros do passado, de pedir perdão, de ter uma boa conversa sincera e honesta?

Assuero não colocou obstáculos para fazer o que era justo e correto. Ele não pensou em si, na sua posição de rei, foi humilde e deu exemplo de honestidade.

É esse mesmo exemplo que você está dando para as pessoas?

Deixe suas limitações pessoais de lado e seja justo, demonstre complacência e amor pelas pessoas. Seja um cristão digno de ser chamado cristão. Seja um “Assuero” por onde passar.

Ciência na Bíblia - Camelo, o "navio do deserto"




Desde os tempos bíblicos o curioso animal é muito importante na subsistência dos povos de regiões áridas



“E o servo tomou dez camelos, dos camelos do seu senhor, e partiu, pois que todos os bens de seu senhor estavam em sua mão, e levantou-se e partiu para Mesopotâmia,
para a cidade de Naor.

E fez ajoelhar os camelos fora da cidade, junto a um poço de água, pela tarde,
ao tempo que as moças saíam a tirar água.”
Gênesis 24:10-11

Nos tempos bíblicos, tal como hoje em regiões desérticas, um camelo era um bem preciosíssimo. “Feito” para o deserto, o grande mamífero pode ficar dias sem beber água e aguenta longos percursos como montaria ou transportador de cargas. São duas as espécies: o camelo-bactriano (Camelus bactrianus), com duas corcovas, e o dromedário (Camelus dromedarius), com uma só. Ambos são resistentes e úteis, com algumas particularidades.

Do gênero dos ungulados artiodáctilos (dois dedos de apoio em cada pata), o camelo tem os pés próprios para a areia. O formato chato na sola, com uma repartição no meio, permite que eles não afundem no solo arenoso e macio, por mais que carreguem peso (é como os modernos pneus de jipes, largos e com a superfície de contato com o solo bem distribuída, que permitem que o veículo não atole com facilidade). Por isso mesmo, suas pegadas (foto abaixo) não são tão fundas como a de outros bichos de montaria. Os sul-americanos guanaco, vicunha, lhama e alpaca também são do grupo dos camelídeos, bem adaptados a grandes altitudes e frio.



Algumas culturas utilizam do camelo o leite, a carne e a pele, além da lã para a confecção de roupas, mas o principal uso é mesmo como animal de tração. Há milênios é domesticado, sendo raríssimos os exemplares de vida selvagem, como nos parques ambientais da Austrália. Há três espécies já extintas.

A palavra camelo vem do grego kamelos, que por sua vez deriva do hebraico gāmāl, adaptado do árabe jamala (“suportar”, “carregar”). Povos antigos já o domesticavam cerca de 2 mil anos antes de Cristo. A vida útil do animal é longa:  pode chegar à idade de 50 anos, se bem tratado.

Corcovas

Um camelo pode ficar por longos períodos sem beber água e sem comer. Mas, ao contrário do que se acredita muito, as famosas corcovas de suas costas não são “cisternas”, reservatórios de água. São grandes depósitos de gordura, necessária à nutrição do animal. Se a gordura se espalhasse por todo o corpo, como na maioria dos mamíferos, o calor concentrado nele seria maior, já que o tecido adiposo conserva a temperatura, não deixando com que ela se perca para o ambiente com facilidade. Como ela se concentra nas corcovas, o resto do corpo não fica tão quente, garantindo a grande resistência do camelo ao calor.



Os rins e os intestinos do camelo são muito eficientes no que diz respeito à retenção de água. Ajudam a conservá-la no corpo, não sendo necessário que o animal precise bebê-la com tanta frequência. A urina, por exemplo, é viscosa, e as fezes bem secas (podem até ser usadas como lenha, nas fogueiras dos acampamentos), não ocasionando grande perda hídrica. A água fica espalhada na corrente sanguínea, nos glóbulos vermelhos, que chegam a aumentar 2,5 vezes para conter o líquido. Além disso, esses glóbulos são ovais, ao contrário dos de outros mamíferos, que são redondos – no primeiro caso, é mais fácil para circularem, mesmo quando há pouca água no organismo.

A pelagem espalhada também ajuda na refrigeração corporal, com fios longos somente onde é necessário um pouco mais de calor à noite. As narinas especiais do bicho permitem que não haja tanta perda de vapor de água quando ele expira, fazendo com que grande parte volte para o corpo.
Um camelo adulto pode chegar a tomar 200 litros de água de uma só vez, e alimenta-se preferencialmente de plantas suculentas e com muitos sais (que também ajudam a reter água).


Camelo e dromedário

Um camelo bactriano costuma ser mais obediente e dócil que um dromedário. Deixa-se apanhar e arrear com facilidade. Quando em uma caravana, se ele parar, é sinal de que a carga está caindo, o que chama a atenção dos tropeiros, que a reorganizam em cima do animal. Entretanto, de tão manso, chega a ser extremamente medroso. Se um pequeno animal como um cão desconhecido, ou mesmo uma lebre, cruzar seu caminho inadvertidamente, ele pode bater rapidamente em retirada, seguido por toda a cáfila.

Um dromedário pode atingir uma velocidade de 16 quilômetros por hora, por até 18 horas seguidas. Os camelos são mais lentos: atingem cerca de 5 quilômetros, mas aguentam bem mais peso sobre as costas.



A tolerância a ficar sem beber água por muito tempo é comum a ambos. Há registros de exemplares que já ficaram até 17 dias sem um único gole.

O dromedário é mais comum no Oriente Médio e na África, enquanto o camelo é mais encontrado naÁsia. Mas a domesticação fez com que o homem levasse exemplares dos dois para muitos lugares do planeta, misturando-os bem. Há camelos e dromedários em todos os continentes. Chegaram, inclusive, ao Brasil, nos tempos do Império, pois D. Pedro II achou que poderiam ser uma boa opção para os lugares com pouca água. Hoje, alguns são encontrados em praias turísticas do Nordeste, para passeio. Os Estados Unidos também tentaram usar os camelídeos para seu exército, mas abandonaram a ideia no século 20. Soldados ingleses os usaram em larga escala na exploração da África. Em alguns países como o Afeganistão, também é comum achar um deles puxando carroça, ao invés de levar cargas ou passageiros diretamente nas costas.

Nos tempos bíblicos, eram os animais mais valiosos dos rebanhos, tamanha a versatilidade e utilidade.

sábado, 25 de agosto de 2012

Sara

 "A esposa perfeita"
Esposa de Abraão, o primeiro dos patriarcas bíblicos. Deus prometeu a Abraão um filho que daria origem a todo o povo de Israel. Sara foi a mulher escolhida para dar à luz essa criança. Ela era chamada de “mãe de multidões” e vista como o modelo ideal de mulher casada. 

- Principais virtudes Sara era estéril e mostrou ter muita fé quando não desistiu de ter o filho que o Senhor lhe prometeu. Ela perseverou na crença e, aos 90 anos, deu à luz Isaque, que era o herdeiro da promessa feita a Abraão. Por isso, ela é a única mulher mencionada entre os heróis da fé (Hebreus 11:11), pessoas que exercem influência até hoje, como Moisés e Davi. 

- Características 
• Dedicada O filho e o marido dela podiam sempre contar com ela. Ela estava ao lado deles em qualquer situação. Acompanhava Abraão em todas as viagens. 
• Fiel a Deus, Sara não  desistia fácil das promessas  de Deus e procurava fazer as vontades dele.
• Alegre Ela recebia as pessoas em casa com felicidade e as servia com prazer. 

- Seja como Sara 
Não desista nunca dos seus sonhos. Seja confiante em Deus e nas promessas dEle. Coloque sua família em primeiro lugar, seja companheira e procure ter os mesmos objetivos que o seu marido. 

Ciência na Bíblia - O leão


"O "rei dos animais", por sua vitalidade e valentia, é frequentemente usado na Palavra como valoroso símbolo e personagem de vários trechos importantes"



O leão (Panthera leo) é um dos animais que mais suscitam a simbologia em todo o planeta – inclusive em países que não são seu habitat. Na Bíblia, é personagem de passagens muito importantes, como o confinamento de Daniel em um covil cheio deles e a luta que Sansão empreendeu com uma dessas feras, além de vários trechos em que é usado metaforicamente – como o “Leão da Tribo de Judá”, referência feita ao próprio Jesus.

É o segundo maior felino existente, depois do tigre. Alguns exemplares machos passam dos 250 quilos, mesmo assim com grande desenvoltura em seus movimentos e muita força, além de correrem a uma velocidade de até 80 quilômetros por hora. Um caçador nato, perigoso para seres humanos quando tem seu ambiente invadido.

Leões selvagens existem nos dias de hoje na África Subsaariana, na Ásia e na Índia (onde estão em vias de extinção, como já aconteceu em vários outros países). Há cerca de 10 mil anos, era o mamífero terrestre mais difundido pelo planeta depois do ser humano.

Um leão em cativeiro passa facilmente dos 20 anos de vida. Livre na natureza, um macho vive cerca de 10 a 14 anos – período mais breve por causa das constantes lutas com outros exemplares da mesma espécie.

Sua cor varia do amarelo claro ao marrom escuro. Os machos de quase todas as subespécies – com exceção de uma presente somente no Congo – apresentam uma farta juba, com um tufo de pelos na ponta da cauda. Os leões brancos são uma subespécie – não são albinos, embora isso possa acontecer com quase todos os animais. São mais raros, por se destacarem da vegetação das savanas, exclusivos da reserva de proteção ambiental Timbavati, na África do Sul.



Hoje, os leões encontrados na natureza estão concentrados nessas reservas, onde caçam outro mamíferos, como zebras, búfalos, antílopes e javalis. Há relatos até de elefantes sozinhos abatidos por grupos de leões.

Sua fama de “rei dos animais” se deve ao fato de o leão estar no topo da cadeia alimentar das espécies terrestres do planeta.

Vivem em grupos de até cerca de 40 indivíduos, a maioria fêmeas. Elas se encarregam da caça – por vezes auxiliadas pelos machos – e cuidam dos filhotes, enquanto os machos demarcam o território e protegem o grupo. Suas presas destroçam carne e couro com grande facilidade, assim como suas garras. A força de seus membros é impressionante.

Os leões dormem cerca de 16 a 20 horas por dia. Como gastam muita energia, precisam economizá-la.


Extinção

Além das áreas em que hoje ainda habita livre, leões eram encontrados em todo o Oriente Médio e na Europa. Na Grécia, por exemplo, a espécie foi extinta no século 10.

O principal motivo da escassez de leões no mundo atual é a caça, como não poderia deixar de ser.



Imposto de Renda

Por causa de uma campanha publicitária sobre a ação fiscalizadora da Receita Federal em relação aoImposto de Renda, veiculada em 1979, o leão, usado na propaganda, acabou se tornando símbolo da instituição.

Na Bíblia

O leão é símbolo, em várias culturas, de força, poder, justiça, orgulho e autoconfiança. Presente em milhares de brasões e escudos de várias instituições e lugares – como em um importante portão da Cidade Velha de Jerusalém (o dos Leões, detalhe na foto abaixo) e no estandarte da tribo de Judá.



O próprio Messias é comparado a um leão:

“E vi na destra do que estava assentado sobre o trono um livro escrito por dentro e por fora, selado com sete selos.

E vi um anjo forte, bradando com grande voz: Quem é digno de abrir o livro e de desatar os seus selos?

E ninguém no céu, nem na terra, nem debaixo da terra, podia abrir o livro, nem olhar para ele.

E eu chorava muito, porque ninguém fora achado digno de abrir o livro, nem de o ler, nem de olhar para ele.

E disse-me um dos anciãos: Não chores; eis aqui o Leão da tribo de Judá, a raiz de Davi, que venceu, para abrir o livro e desatar os seus sete selos.”
Apocalipse 5:1-5

Sansão, famoso por sua força e valentia, topou com um leão (ilustração ao lado) quando ia visitar sua futura esposa filisteia. Venceu o animal sem o uso de armas.

O jovem Daniel era prisioneiro da Babilônia, quando aquele reino escravizou seu povo, retirando-o de Jerusalém. Foi selecionado para servir ao rei babilônico, Dario, e caiu nas graças do monarca por suas interpretações de sonhos e sabedoria.

Com inveja da proximidade de Daniel com o rei, outros membros da corte tramaram contra o rapaz. Influenciaram Dario a assinar um decreto em que, no período de 1 mês, nenhum deus fosse glorificado. Todas as glórias somente ao rei local. Se alguém fosse visto em adoração a outro que não fosse o governante babilônico, seria jogado em um covil de leões cativos e serviria de alimento às implacáveis feras.

Daniel não aceitou e, secretamente, curvava-se em adoração a Deus em seu quarto, três vezes por dia. Em uma das orações, foi descoberto, como assim planejavam seus inimigos.

Dario ficou triste com a notícia, mas não podia faltar com sua palavra perante os súditos. Ainda assim, tentou até o fim do dia livrar Daniel da sentença. Pressionado, mesmo triste, ordenou que jogassem o jovem, que tanto admirava e queria bem, aos predadores. O rei teve fé em Deus, embora ainda não o adorasse expressamente:

“Então o rei ordenou que trouxessem a Daniel, e lançaram-no na cova dos leões. E, falando o rei, disse a Daniel: O teu Deus, a quem tu continuamente serves, ele te livrará.”
 Daniel 6:16

O rei não dormiu na noite em que seu estimado e admirado jovem foi lançado às feras no covil, logo depois lacrado. Dario não conseguiu dormir aquela noite. Pela manhã, foi à cova dos terríveis felinos e chamou por Daniel, esperançoso de Deus tê-lo preservado das presas e garras dos animais.

“E, chegando-se à cova, chamou por Daniel com voz triste; e disse o rei a Daniel: Daniel, servo do Deus vivo, dar-se-ia o caso que o teu Deus, a quem tu continuamente serves, tenha
podido livrar-te dos leões?

Então Daniel falou ao rei: O rei, vive para sempre!

O meu Deus enviou o seu anjo, e fechou a boca dos leões, para que não me fizessem dano, porque foi achada em mim inocência diante dele; e também contra ti, ó rei, não tenho cometido delito algum.

Então o rei muito se alegrou em si mesmo, e mandou tirar a Daniel da cova. Assim foi tirado Daniel da cova, e nenhum dano se achou nele, porque crera no seu Deus.

E ordenou o rei, e foram trazidos aqueles homens que tinham acusado a Daniel, e foram lançados na cova dos leões, eles, seus filhos e suas mulheres; e ainda não tinham chegado ao fundo da cova quando os leões se apoderaram deles, e lhes esmigalharam todos os ossos.

Então o rei Dario escreveu a todos os povos, nações e línguas que moram em toda a terra: A paz vos seja multiplicada.

Da minha parte é feito um decreto, pelo qual em todo o domínio do meu reino os homens tremam e temam perante o Deus de Daniel; porque ele é o Deus vivo e que permanece para sempre, e o seu reino não se pode destruir, e o seu domínio durará até o fim.

Ele salva, livra, e opera sinais e maravilhas no céu e na terra; ele salvou e livrou Daniel do poder dos leões.”

Deus de amor, mas também de justiça


"Ele não somente concede a bênção, mas ensina"




Deus é um pai de amor, mas como pai Ele não quer somente dar amor, mas ensinar o valor das coisas e mostrar justiça. E, talvez, isso aconteça no tempo Dele, e não no seu. Quem nunca pensou ou ouviu alguém dizer: “Deus não me ouve. Oro, oro, mas Ele não realiza o que eu peço”?

Parece antagônico dizer que ele é um Deus de amor, mas também de justiça, porém, não é. Se você anda na verdade, então Ele trará justiça a você quando todos descobrirem o quanto tem dedicado a sua vida em detrimento do bem de outros.  Se você não anda na verdade e a mentira é quem guia sua vida, então Ele também terá justiça para você, para que O reconheça como o melhor caminho.

Viver a Justiça de Deus é, acima de tudo, ter fé Nele. Como ver a ação Dele se não o reconhecemos em nossas vidas?

Amor anda junto com justiça, justiça anda junto com amor. Com a justiça, todas as coisas vêm à tona, há clareza do certo e do errado. E qual o pai que deixa seu filho ser enganado pela mentira? O amor não suporta a mentira, mas sim a verdade e a justiça.

 “O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade...” 1 Coríntios 12:4-6

Porém, para viver essa justiça amorosa de Deus é preciso ter fé. Acreditar que as coisas irão acontecer segundo o preceito Dele, que é o melhor para cada um de nós. A fé traz justiça.

“... e ser achado nele, não tendo justiça própria, que procede de lei, senão a que é mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus, baseada na fé...” Filipenses 3:9

É preciso achar Nele a justiça, que vem da fé. A justiça com as próprias mãos, com certeza não trará o mesmo efeito que a justiça de Deus, ao contrário, pode trazer desamor, desapego e as consequências do ato.

Fique atento, entregue suas aflições nas mãos de Deus e Ele, com Seu grande amor, trará e fará justiça na sua vida.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Ester




" A corajosa "

Foi a rainha mais importante que Israel já teve. Judia e órfã, ela foi criada por um parente. Quando se casou com o rei Assuero, Ester fez de tudo pelo povo judeu. Tem um livro da Bíblia só dela. 

- Principais virtudes 
Ester descobriu um plano para exterminar todos os judeus. Ela se preparou espiritualmente com um jejum de três dias e orações. Ao final do período, Ester revelou ao rei que era judia e conseguiu salvar o povo. 

- Características 
• Sábia Diante de uma situação difícil ela não se desesperava: buscava soluções em Deus para tomar decisões. 
• Destemida Não ficou com medo de agir para salvar os judeus. Era ousada e inteligente, e tinha uma fé admirável. 
• Humilde Em vez de se mostrar a dona da razão, ela procurava respeitar a opinião dos outros. 

- Seja como Ester 
Não aja por impulso, procure sempre orar antes de tomar as suas decisões. Ester também era muito atenciosa. 

sábado, 18 de agosto de 2012

Débora

"À frente do próprio tempo"


Era uma dona-de-casa comum, mas foi escolhida para ser juíza. Foi a única mulher das escrituras sagradas a ocupar um cargo político com excelência. Ela se definia como "mãe de Israel” e fazia de tudo para o bem da nação (Juízes 4:4-16). 

- Principais virtudes 

Débora era bastante virtuosa: mãe de família, profeta, temente a Deus e líder militar. Traçou estratégias de batalha e conquistou muitas vitórias para Israel na época dos juízes. Foi a libertadora do povo hebreu em tempos de guerra contra os cananeus. 

- Características 

• Líder Ela não se intimidou por ser mulher e ganhou o respeito dos líderes de Israel. 
• Estrategista Débora sempre buscava maneiras de combater os inimigos buscando inspiração junto ao Senhor e, por isso, tinha êxito em tudo que fazia. 
• Conselheira Era preocupada com as pessoas e sempre dava conselhos, discutindo e sugerindo soluções para quem estava com problemas. 

- Seja como Débora 

Ela é a prova de que uma mulher pode ser profissional e dona-de-casa ao mesmo tempo. Para imitá-la, procure ser atenciosa e justa. Administre bem o seu tempo e não tome decisões sem antes planejar tudo direitinho. 

Testemunho Thalles Roberto


‎"Você esta tao longe, tao longe, tao perdido, tao vazio, tao sujo, que Deus esta te convidando para uma vida tao cheia Dele, e você não consegue abandonar esse seu prazerzinho de 5 minutos idiota, que te leva pro inferno, você esta tao perdido, ao louco, que o próprio Deus esta fazendo uma proposta de vida eterna pra você e você não consegue dizer 'sim'. Porque ta cego na mão do diabo" Thalles Roberto

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

"O fim da colheita"

"Filme leva o espectador a perceber a importância de estar atento aos sinais dos tempos"
           


Conflitos mundiais e rumores de guerras estão sempre levando teólogos e cientistas a questionar quando o mundo irá acabar. Essa pergunta que muita gente se faz é o mote central do filme “O fim da colheita”, que discute o apocalipse sob a ótica de um cristão recém-convertido.

O personagem em questão é o jovem Todd, que aceita o desafio de provar a sua fé durante um debate no clube de filosofia de uma universidade que reúne alunos ateus e cristãos.

Apesar de conhecer bastante a Bíblia, Matt, um membro do grupo, decide não se envolver nas discussões e prefere ficar estudando.

Diante da falta de respostas para os inúmeros questionamentos que surgem no encontro, Todd é humilhado por sua falta de conhecimento bíblico.

Um dos amigos dele, Scott, ao descobrir em uma biblioteca um antigo estudo que prevê detalhes do fim mundo, decide pregar uma peça nos filósofos, propondo um novo debate.

Disponível em DVD, “O fim da colheita” leva o espectador a perceber a importância de estar atento aos sinais do fim dos tempos, que demonstram que a batalha do Armagedon está cada vez mais próxima.

Veja o trailer:

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Rute e Boaz: um casal obediente

"A submissão às leis de Deus os aproximou "
           


A história de Rute começa com outra mulher chamada Noemi. Ela teve dois filhos e Rute era esposa de um deles. Porém, morreram o marido de Noemi, Elimeleque, e seus dois filhos, deixando suas mulheres viúvas (Rute 1:1-6)

Noemi resolveu voltar para a terra de Judá, mas no caminho pensou em liberar suas noras Orfa e Rute, para que cada uma delas voltasse para a casa de seus pais. Porém somente Rute escolheu ficar ao lado de Noemi e ir para onde ela fosse (Rute 1:7-22).

Chegando a Belém, Noemi contou a Rute que tinha um parente de seu marido, chamado Boaz, dono de campos de espigas de milho, e a incentivou que fosse até lá para que colhesse em suas terras ( Rute 2:1-9).

Vale explicar que, ao chegar à sua terra natal, Noemi começou a colocar em prática as instruções dadas por Deus, em relação ao sustento dos pobres, que está escrito no livro de Deuteronômio 24:19-22:

“Quando, no teu campo, segares a messe e, nele, esqueceres um feixe de espigas, não voltarás a tomá-lo; para o estrangeiro, para o órfão e para a viúva será; para que o Senhor, teu Deus, te abençoe em toda a obra das tuas mãos. Quando sacudires a tua oliveira, não voltarás a colher o fruto dos ramos; para o estrangeiro, para o órfão e para a viúva será. Quando vindimares a sua vinha, não tornarás a rebuscá-la; para o estrangeiro, para o órfão e para a viúva será o restante. Lembrar-te-ás de que foste escravo da terra do Egito; pelo que te ordeno que faças isso.”

Noemi se lembrou desses costumes não a seu próprio favor, mas pensando em sua nora fiel, Rute.
A obediência

Rute somente obedeceu ao que Noemi pedira que fizesse, pois sabia que nela poderia confiar. Em contrapartida, Boaz também foi um homem obediente a Deus, já que lembrou-se de uma ordenança de Deus e assim o fez. Noemi seguiu a lei enviando Rute aos campos e Boaz fez o mesmo ao deixá-la colher os grãos.

Certa noite, Rute deitou-se aos pés dele e esse gesto o fez entender que era o seu remidor, ou seja, teria o direito de resgatar tudo o que era de seu marido falecido, para favorecê-la (Rute 3:8-12).

Apesar de prometer ser seu remidor, havia outro homem mais próximo, com os mesmos direitos. Como este não tinha como tomar Rute como sua esposa, passou o direito da remissão para Boaz. E, assim, ele tornou a sua promessa verdadeira (Rute 3:13-18 e Rute 4:1-11).

As bênçãos da obediência

Depois disso, Rute tornou-se esposa de Boaz e teve um filho chamado Obede, que seria avô de Davi. Noemi não ficou de fora destas bênçãos, pois pôde ser ama da criança (Rute 4:13-17)

Toda esta história revela que, por traz de uma trajetória cheia de mortes e pobreza, Deus não desamparou Noemi e Rute. Elas foram honradas por sua obediência e puderam viver a felicidade de estar em família novamente.

Boaz foi o canal da bênção de Deus para Rute ao obedecer um mandamento Dele. Em nenhum momento ele se opôs à sua responsabilidade de ser o remidor de Rute, ele simplesmente fez. E, por causa disso, ficou marcado na história das gerações de Davi (Rute 4:18-22).

Para ser bênção na vida de outras pessoas, um casal precisa obedecer a Deus, mesmo que o pedido pareça estranho. A importância desta atitude será revelada no futuro repleto de conquistas e de grandes realizações que viverão aqui na terra.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Costumes da Bíblia - Os sacrifícios

"Animais inocentes eram mortos para que a pessoa tivesse consciência de seu pecado, até o sacrifício supremo de Jesus"
           

“Porque a vida da carne está no sangue;
pelo que vo-lo tenho dado sobre o altar, para fazer expiação pelas vossas almas;
porquanto é o sangue que fará expiação pela alma.”

Levítico 17:11
 
Na antiguidade, várias religiões praticavam os sacrifícios aos seus deuses – inclusive sacrifícios humanos. No judaísmo antigo, tinham como objetivo levar o indivíduo a tomar consciência de seus pecados.

A pessoa se via diante de um altar em que um animal inocente era sacrificado e queimado em seu lugar. As mãos eram impostas sobre a cabeça do animal e sua garganta era cortada, em um simbolismo muito forte: o pecado sempre leva à morte.
O sacerdote, como intermediário entre o homem e Deus, colhia o sangue do animal em uma vasilha e o apresentava frente ao altar em nome do pecador (Levítico 1).

Deus proibiu o sacrifício humano (Levítico 20:1-5). Era comum que os devotos de falsos deuses sacrificassem até mesmo seus filhos àquelas entidades – tal como hoje ainda o fazem os adeptos de bruxaria, hediondamente.

O sacrifício no Monte Moriá que Deus ordenou que Abraão fizesse, de seu filho Isaque, foi apenas um meio para mostrar ao ancião a idolatria que ele praticava sem o saber. Tanto, que não permitiu que ele o consumasse (Gênesis 22).

Tipos

Levítico descreve os diferentes tipos de sacrifício:

- Oferta queimada – Sacrifícios pacíficos, como expressão de adoração a Deus, como Noé havia feito em Gênesis, em honra ao Senhor, quando as águas do dilúvio baixaram (Gênesis 4:4-5 e 8:20-21, Levítico 1); sacrifícios pelos pecados não intencionais contra Deus (Levítico 4) e os realizados para expiar os pecados não intencionais – pelo menos na teoria – contra outras pessoas (Levítico 5).

- Manjares – Pratos muito benfeitos, mesmo que simples, como ações de graças pela provisão de Deus (Levítico 2).

Assim se dava a expiação, a remissão do pecado, e só depois dela o indivíduo poderia se aproximar novamente de Deus.

Sacrifício supremo: Jesus

Os pecados intencionais não eram contemplados pela Lei. No Novo testamento, esse tipo de pecado só pôde ser perdoado pelo sacrifício supremo: o de Jesus.
“No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.”
João 1:29
Assim como os animais eram inocentes, mortos no lugar do pecador, aconteceu a Jesus – ao contrário dos bichos, ofereceu-se por amor ao sacrifício pelos pecados de toda a humanidade.
“Que quer que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade.

Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem.

O qual se deu a si mesmo em preço de redenção por todos,
para servir de testemunho a seu tempo.”
1 Timóteo 2:4-6

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Lugares da Bíblia - Via Dolorosa

"Caminho percorrido por Jesus ao Calvário é até hoje uma movimentada rua em Jerusalém"
           

Está marcado até hoje na Cidade Velha de Jerusalém o caminho que Jesus percorreu para ser crucificado no Calvário. É a hoje chamada Via Dolorosa, estreita rua de pedestres que começa no Portão dos Leões e termina no Santo Sepulcro.

Hoje repleta de lojas, templos e atrações turísticas, está sempre cheia de gente, tanto cidadãos de Jerusalém em seu cotidiano quanto turistas.

No clima da Cidade Velha de hoje, a via se assemelha ao que nós conhecemos como um beco. Vendedores apregoam em alto e bom som suas mercadorias, clamando pela atenção do formigueiro de transeuntes. Altos prédios de pedra, muitos da época de Jesus e até anteriores a ele, ladeiam o caminho. Degraus aparecem a todo momento, cidade adentro.

Quem se surpreende com tal movimento pode pensar que muita coisa mudou desde aquele dia histórico, mas não é bem assim. Também havia grande movimento de pessoas e mercadorias, pois era a semana do Pessach, a Páscoa dos judeus, em que muitas famílias se reuniam em Jerusalém e a enorme população flutuante se juntava à fixa.

As estações

Ao longo da via, estão assinalados os pontos dos principais acontecimentos do caminho de Jesus com a cruz. São as chamadas estações, marcadas com numerais romanos – 14 no total, sendo que nove delas estão a céu aberto, e as cinco restantes no interior de um templo.
A partir do Portão dos Leões, o caminho segue para oeste, com as primeiras nove estações assinaladas, que podem ser percorridas pelo público em geral:

1ª Estação – Ponto da flagelação de Cristo – onde ele foi açoitado.

2ª Estação – Próxima aos restos de uma edificação romana, onde hoje fica o Arco do Ecce Homo (“este homem”, em latim), termo usado por Pôncio Pilatos quando apresentou Jesus à população antes da condenação.

3ª Estação – Local da primeira queda de Jesus por exaustão.

4ª Estação – Onde Jesus reencontrou Maria, sua mãe



5ª Estação – Sobre uma antiga porta (foto acima), há uma inscrição mostrando o ponto em que Simão, o cireneu, ajudou Jesus a carregar a cruz.

6ª Estação – Lugar em que uma mulher piedosamente limpou a face de Jesus, suja de sangue e suor, com um pedaço de tecido.

7ª Estação – Na esquina entre a Via Dolorosa e a Rua do Mercado, marcada por ser onde Jesus caiu de cansaço e dor pela segunda vez.

8ª Estação – Ponto em que Jesus encontrou algumas mulheres de Jerusalém, que choravam por ele.



9ª Estação – Local da terceira queda do Messias (foto acima), até hoje assinalado com uma coluna romana.
Essas estações e vários outros pontos da Via Dolorosa podem ser percorridos virtualmente, vistos com detalhes, pela ferramenta do Google Street View.



O site recentemente adicionou Jerusalém aos seus arquivos – que pode ser vista como se o internauta estivesse caminhando por ela, em meio ao movimento comercial e turístico.

Fé: em que estágio você está?

"Acreditando ou duvidando? Caminhando ou estagnado? "
           


Quando começamos a andar pelo caminho da fé, não significa que nos tornamos super-homens ou super-mulheres. Porém, é certo dizer que nos tornamos voltados a Deus e, por isso, somos diariamente testados pelas circunstâncias, para que aprendamos a viver conforme o que Ele quer.

Pedro é um exemplo de como somos mutáveis se não tivermos fé o suficiente.

No livro de Mateus 14:25, a Bíblia conta que Jesus andou sobre as águas. Depois de passar um tempo orando no monte, o barco em que estavam os apóstolos se afastou da margem e Ele demonstrou seu poder. Ao avistarem Jesus, eles temeram ser um fantasma, mas logo Ele se identificou. Mesmo assim, Pedro duvidou e pediu que, se fosse mesmo Jesus, que ele andasse sobre as águas a seu encontro.

Primeiro ponto: Pedro duvidou de Jesus em um momento delicado, de tempestade no mar. Quantas vezes você já fez isso? Ao passar por algum problema chegou a duvidar que Ele tivesse uma solução e que havia um motivo para tudo aquilo?

Por um momento duvidamos do poder Dele, pensamos que tudo não passa de coisas naturais e que nada provém Dele. Não é verdade.

Jesus estava ali, em alto-mar, sobre as águas. Ele poderia parar a tempestade a qualquer momento, mas não o fez. Era preciso que Pedro – e os outros discípulos – passasse por aquela experiência de fé.
“Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.” Romanos 8:28

Em Mateus 14: 29-30, as Escrituras relatam que Pedro andou sobre as águas para ir ao encontro de Jesus. No início, ele não duvidou e andou, mas depois, reparando onde estava, toda a agitação do mar, começou a afundar.

É o que acontece quando perdemos o foco em Jesus por causa dos problemas. Começamos a olhar ao redor, o quanto é impossível passar por aquele momento na vida e damos abertura para a descrença em nós. É quando os problemas ficam maiores e nos afogamos em nossa própria falta de fé.

Porém, o importante é reconhecer o poder de Deus a tempo. E foi o que Pedro fez “Reparando, porém, na força do vento, teve medo; e, começando a submergir, gritou: Salva-me, Senhor! E, prontamente, Jesus, estendendo a mão, tomou-o e lhe disse: Homem de pequena fé, por que duvidaste?” Mateus 14:30-31

Jesus estará sempre disposto a salvar, mas isso depende de você pedir. Pedro não foi orgulhoso, ele poderia não solicitar a ajuda do Senhor e ter se afogado.

Não se limite. Ultrapasse seus medos e não deixe de acreditar por causa das circunstâncias. Deus só quer que supere a sua falta de fé para viver o melhor que Ele tem para você.

Em que fase você está? Como Pedro no início, crendo somente no Senhor Jesus e olhando para Ele, sem reparar o que está ao redor, ou desistindo por causa dos problemas?

Não seja um homem ou uma mulher de pouca fé, mas acredite até o fim e ande sobre as águas.

A liderança

"Muitos homens de Deus têm se deixado levar pelo espírito do senhor deste mundo, em vez de manterem a condição de servos de Jesus"
           


A liderança do homem de Deus é inquestionável, mas é muito importante observar que ela é estritamente no campo espiritual. Ele jamais pode confundir a liderança espiritual com a liderança física ou material de um chefe ou proprietário de uma empresa secular.

A obra que ele lidera é de Deus, que é o único Senhor, e ele, embora com a autoridade espiritual, precisa ter sempre em mente que, ainda assim, é um servo com maiores responsabilidades que alguns outros servos.

O Senhor Jesus disse: "Mas o maior dentre vós será vosso servo." (Mateus 23.11). Isto significa que quanto maior for a liderança do homem de Deus, mais servo ele será. Em outras palavras, quanto mais servo é o homem de Deus, mais responsabilidades espirituais ele tem!

Tem sido muito comum no meio religioso trazer o espírito de liderança do meio empresarial; o espírito de imponência administrativa que há entre os que mantêm o poder de decisão nas empresas, apenas visando ao lucro financeiro.

Infelizmente isso tem sido absorvido por muitos líderes espirituais que, justamente por causa disso, têm perdido a visão espiritual para o que foram chamados. É por isso que o espírito do mundo tem entrado na Igreja do Senhor Jesus, pois muitos dos Seus servos têm confundido a autoridade e o poder espirituais de servos com a autoridade e o poder de senhores.

Estes "servos" têm sido a porta aberta de entrada do orgulho e da prepotência no seio da Igreja do Senhor Jesus. Muitos homens de Deus têm se deixado levar pelo espírito do senhor deste mundo, em vez de manterem a condição de servos do Senhor Jesus.

Foi justamente por essa razão que, numa ocasião, o Senhor Jesus, tomando uma toalha e uma bacia com água, começou a lavar os pés dos Seus discípulos (João 13).

Ele, que é o Senhor dos senhores, o Rei dos reis, Deus Todo-Poderoso, Senhor dos Céus e da Terra, inclinou-Se para lavar os pés daqueles que nada eram, senão Seus seguidores. E o que Ele espera de nós em relação aos outros?

Ele queria dizer que os Seus seguidores não devem fazer uso da autoridade que d'Ele receberam para pisar nos demais, mas sim considerarem-nos até mais importantes que eles mesmos: "Quem a si mesmo se exaltar será humilhado; e quem a si mesmo se humilhar será exaltado." (Mateus 23.12)

domingo, 5 de agosto de 2012

Filme "A Paixão de Cristo" pode ter sequência

"Produtor quer foco na ressurreição de Jesus"
           


David Wood, produtor veterano, quer lançar nos cinemas uma sequência para “A Paixão de Cristo”, de Mel Gibson (orientando o protagonista, Jim Caviezel, na foto acima), que fez muito sucesso em 2004 e ainda hoje é bastante visto em DVD, Blu-ray e na televisão. O filme está sendo custeado por contribuições obtidas com a ajuda das redes sociais, entre outros meios, para que só depois os trabalhos propriamente ditos comecem.

“A Ressurreição”, como está sendo chamado o filme, começa exatamente onde o de Gibson terminou, mostrando o período seguinte à morte de Jesus e seu retorno, bem como seu contato com os fiéis, para depois ascender aos Céus. Segundo Wood, que assina a produção executiva, o primeiro filme frisou bastante as 12 horas anteriores à crucificação, mostrando o sofrimento do Messias como nenhum outro até então, e o segundo pretende mostrar a vitória dEle contra a morte. “Ainda que todos nós saibamos que Cristo foi crucificado por nossos pecados, é na ressurreição que Ele mostra realmente seu poder, que é o mesmo que nós, como cristãos verdadeiros, temos (a salvação nEle). O segundo filme é sobre isso. É uma história mais positiva, sobre amor e esperança.”

O produtor diz que “é um projeto tão especial que precisa ser feito no caminho de Deus”. Wood diz que o processo será completamente o inverso do tradicional no que diz respeito a como os filmes hollywoodianos surgem. “Normalmente, você aparece com um script pronto e levanta dinheiro com investidores. Com o script aprovado, você contrata toda a equipe e depois começa a produção. Faz a edição, põe o som e faz um pré-lançamento, e depois começa a comercializá-lo por um período de 5 a 6 meses, para só depois lançá-lo no cinema, em DVD e assim por diante.”

Wood afirma que a estreia do filme em escala mundial será realizada de uma forma nunca antes vista no ramo. “O final de semana de abertura será diferente. O lançamento não será feito somente nos cinemas. O filme será transmitido simultaneamente para igrejas, lares, escolas e até para dispositivos móveis como celulares, tablets e notebooks ao redor do planeta”, promete.

Outra promessa do realizador é a de fazer uso do que há de melhor em se falando de recursos cinematográficos em todas as fases da produção.

sábado, 4 de agosto de 2012

"Os Vingadores": pastor relaciona filme com passagens da Bíblia

"Pregador norte-americano trabalha com jovens, principal público da produção de Hollywood"
           


O filme "Os Vingadores" já é, poucas semanas após seu lançamento, a terceira maior bilheteria da história do cinema – e a maior no Brasil. Na história, alguns dos principais super-heróis Marvel que já tiveram seus filmes-solo se reúnem para combater uma invasão sem precedentes à Terra. O pastor Greg Stier, que tem um conhecido trabalho com jovens nos Estados Unidos, relacionou algumas partes da produção hollywoodiana com passagens bíblicas, com analogias facilmente compreendidas pelos garotos.

Em uma cena, o recém-convocado Capitão América vai ao encontro de Thor e do vilão Loki, que travam uma poderosa luta. “Cuidado, esses caras são como deuses para o povo deles”, diz a agente Viúva Negra, ao que o Capitão retruca: “Só há um Deus, moça”. Essa foi uma alusão direta, mas Stier fez outras observações, apoiado em trechos da Palavra Sagrada:

- De início, há certa dificuldade em fazer com que os heróis lutem juntos contra um mal comum. Porém, quando decidem fazê-lo para valer e imbuídos do mesmo objetivo, os resultados são positivos (Filipenses 1:27 - "Somente deveis portar-vos dignamente conforme o evangelho de Cristo, para que, quer vá e vos veja, quer esteja ausente, ouça acerca de vós que estais num mesmo espírito, combatendo juntamente com o mesmo ânimo pela fé do evangelho.").

- Independentemente das origens bem diferentes, os heróis vencem as adversidades quando estão em harmonia (Gálatas 3:28 - "Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus.").

- O cientista Bruce Banner tem aparência pacífica, calma e até fraca física e psicologicamente, mas sabe que pode contar com grande poder quando necessário (Efésios 6:10 - "No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder.").

- O Homem de Ferro tem uma armadura virtualmente invulnerável. Porém, o que faz diferença mesmo é que ele sabe usá-la (Efésios 6:13 - "Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes.").

- O Capitão América tem um equipamento projetado para defesa dos projéteis inimigos – seu famoso escudo – que se torna uma poderosa arma quando seu dono o usa com inteligência (Efésios 6:16).
- Hulk não se curva diante de falsos deuses, numa das cenas mais apreciadas e comentadas de todo o filme (Êxodo 20:3 - "Não terás outros deuses diante de mim.").

- “A melhor defesa é o ataque.” A equipe só se defendia, mas suas ações só surtiram efeito quando seus integrantes resolveram atacar de fato (Tiago 1:22 - "E sede cumpridores da palavra, e não somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos.").

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

História de Davi vai ganhar filme em 3D

"Superprodução de Hollywood mostrará o início da saga de um dos maiores heróis bíblicos "
           


A febre dos filmes em terceira dimensão (3D) tomou Hollywood após o sucesso de produções como “Avatar” e “Fúria de Titãs”. Tanto que vários filmes estão sendo rodados no formato para ganhar os cinemas que exigem os famosos óculos especiais para imagens mais realistas.

Após personagens como o Homem-Aranha e os robôs gigantes Transformers também terem seus próximos títulos prometidos para 3D, Hollywood resolveu contar a vida de um herói de verdade em terceira dimensão: o rei Davi, um dos maiores líderes da história.

“Day of War” (“Dia de Guerra”), livro do escritor Cliff Graham, que começa a contar a saga de Davi antes que ocupasse o trono de Israel, está sendo adaptado para a tela grande com roteiro de John Fusco (“Mar de Fogo”). O roteirista já começou a escrever a história para ser dirigida por David L. Cunningham, famoso documentarista que também já filmou a ficção “Os Seis Signos da Luz”.

Segundo o livro, tudo começa quando o rei Saul, já começando a ser tomado pela insanidade, batalha contra os filisteus sem muito sucesso, por se afastar cada vez mais de Deus. Eis que em meio ao povo surge o simples pastor Davi, que começou a chamar a atenção de Israel após derrotar o gigante Golias na frente de batalha. Logo, outros valentes começam a seguir o novo guerreiro. “Cliff escreveu uma série de grande potencial cinematográfico. Encontrou um novo jeito de contar a antiga história de Davi”, disse o diretor ao periódico “Hollywood Reporter”, um dos mais importantes do ramo. “Os personagens sombrios, suas vidas atribuladas e a temática sobrenatural combinam de modo empolgante”, considerou.

A temática cristã não é novidade para Cunningham. Ele é filho do casal que fundou há 51 anos a organização Youth With a Mission (Juventude com uma Missão, em tradução livre), a YMAN, um grupo cristão interdenominacional presente em mais de 150 países com o intuito de movimentar os jovens para a divulgação dos ensinamentos de Jesus. O próprio David já percorreu vários desses países com o grupo, aprendendo bastante sobre suas realidades, e começou a realizar filmes como “Hakani”, docudrama rodado no Brasil com índios reais, relatando o infanticídio em algumas aldeias.
A intenção de Cunningham e do produtor Grant Curtis (“Homem-Aranha”) é a de filmar todos os livros da saga de Davi escritos por Graham, a série “Lion of War” (“Leão de Guerra”, ainda sem edição brasileira), composta por cinco livros e com o primeiro já lançado. Com isso, querem despertar a curiosidade de espectadores de todo o mundo sobre a vida de um dos maiores reis da história cristã e de toda a humanidade. O primeiro filme está previsto para ser lançado em 2013.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

A aflição feminina: como dividir o tempo e agradar a todos?

"É preciso saber priorizar o que realmente é importante"
           


O mundo se desenvolveu e o sistema levou a mulher ao mercado de trabalho, mas não tirou suas responsabilidades essencialmente femininas. Resultado: muitas tarefas e cobranças por atenção.

Para dividir o seu tempo entre filhos, marido, trabalho e tarefas domésticas, é preciso que ela saiba priorizar o que realmente é mais importante naquele momento. “Ela tem que perceber aquilo que está roubando o seu tempo, que não acrescenta nada. Assim, conseguirá fazer a sua listinha diária, com as atividades que devem ser realizadas”, explica a psicóloga Débora Cristina de Macedo Jorge.

Porém, o problema não são as prioridades, mas sim conseguir realizar todas elas. “Se a mulher está bem interiormente, conseguirá colocar as coisas em ordem. Mas, com o contrário disso, não conseguirá render o que precisa naquele dia.”

É claro que o dia também deve ser dividido entre realizar tarefas e dar atenção para as pessoas. “Por isso, a lista de prioridades é imprescindível. Assim ela verá a necessidade de cada uma das pessoas da família e os horários em que poderá se dedicar a elas. Caso ela não consiga se organizar, poderá trazer resultados como o afastamento das pessoas e, com isso, se sentirá sozinha e isolada”, enfatiza a psicóloga.

Por ter característica de ser multifacetada, a mulher consegue fazer várias coisas ao mesmo tempo. Mas isso tem o seu lado ruim. “Não é bom, porque ela se cobra demais. Quando não dá conta de tudo o que se propôs a fazer, acaba passando isso para as pessoas ao redor, influenciando negativamente o relacionamento familiar. Além disso, o objetivo não alcançado pode prejudicar a autoestima, deixando a mulher frustrada e triste.”

Olhando para si

Quando há organização, é possível dividir o tempo da melhor forma para dar conta de tudo e também se cuidar. “Por exemplo, o tempo em que os filhos estão na escola pode ser usado para arrumar os cabelos, fazer as unhas, além de manter a vida social com as amigas e outras atividades de sua preferência”, ensina Débora.

A importância desse tempo para si é para que ela não viva algumas consequências pessoais, mas que podem influenciar em outras áreas da sua vida. “Por causa da falta de tempo para se cuidar, ela começa a não se achar mais bonita, e isso automaticamente se transfere para o casamento, sem ela perceber, sem querer, levando muitas vezes ao fim do relacionamento. Além dela se tornar uma mulher frustrada e não ter condições emocionais de lutar contra isso.”

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Lugares da Bíblia - Egito

"Antigo cativeiro do povo judeu e palco das famosas pragas bíblicas, o Egito hoje é combatido por organizações em prol dos direitos humanos, mas tem enorme potencial turístico-histórico"
           


O Egito foi palco de importantes passagens bíblicas. Para lá, José, filho de Jacó, foi levado após ser vendido por seus irmãos (a partir de Gênesis 37) e revolucionou a administração local quando Deus lançou sobre o reino as famosas pragas, em um grande exemplo de planejamento citado até hoje. Lá o povo judeu foi escravizado por várias gerações até sair com Moisés para a Terra Prometida (livro de Êxodo). Hoje, é um importante país do Oriente Médio e tem em seus limites algumas das mais valiosas obras arquitetônicas e históricas da humanidade.

País árabe, o Egito tem limites a oeste com a Líbia, ao sul com o Sudão, a leste com a Faixa de Gaza e Israel, ao norte com o Mar Mediterrâneo e do lado oriental com o Mar Vermelho. A Península do Sinai é banhada por dois golfos: Suez e Ácaba.

Um dos países africanos mais populosos, tem mais de 80 milhões de habitantes, praticamente todos vivendo às margens do histórico Rio Nilo, que fertiliza suas margens. O resto do território tem clima desértico e terras pobres. Seus desertos são o da Líbia, o Oriental (ou Arábico) – ambos parte do Saara – e o do Sinai. Quase a metade de seu povo mora na zona urbana.

Nele ficam as famosas Grandes Pirâmides, conhecidas em todo o planeta, além da enigmática Grande Esfinge, todas bem próximas da capital do país, Cairo.

História

Os indícios mais antigos de habitantes no Egito datam do período Paleolítico, encontrados às margens do Nilo e nos oásis. As mudanças climáticas que resultaram no deserto do Saara aconteceram cerca de 8 mil anos antes de Cristo. Os povos da época migraram para o Vale do Nilo e desenvolveram a agricultura, pois as terras nas proximidades do curso d’água são férteis até hoje por causa de suas cheias e da matéria orgânica que transportam. Além disso, o clima perto do rio é mais ameno que no restante do país desértico.

Em 6000 a.C., a agricultura egípcia era organizada e grandes edifícios começaram a ser erguidos. O Baixo e o Alto Egito eram comunidades independentes, mas com boas relações entre si. Em 3150 a.C, o rei Menés unificou os reinos e deu origem a uma dinastia que reinaria pelos 3 mil anos seguintes. No Império Antigo (2700 a 2200 a.C.) surgiram as Grandes Pirâmides e a Grande Esfinge. O Império Novo (1550 a 1070 a.C.) começou com a 18ª Dinastia e levou o Egito a ser uma potência mundial na época, expandindo seu território até a antiga área do Levante. São deste período alguns dos faraós (reis com status de divindades na época) mais conhecidos, como Aquenáton (e sua famosa esposa Nefertiti, eternizada nas artes por sua beleza), Tutancâmon e Ramsés II. Seu politeísmo, com uma rica mitologia, deu lugar ao monoteísmo, com a religião do atonismo.

A 30ª Dinastia foi a última egípcia de nascimento, pois o reino foi conquistado pelos gregos e, em seguida, pelos romanos, resultando em mais de 2 mil anos de domínio estrangeiro.

O cristianismo entrou no Egito pelas mãos de Marcos, no primeiro século d.C., época da chamada Igreja Primitiva, que ainda tinha muito em voga os ensinamentos de Cristo sem adulterações. O Império Romano deu lugar ao Bizantino, quando os cristãos começaram a ser perseguidos. O Novo Testamento foi traduzido para o egípcio nesse mesmo período.

No ano de 639, o Egito foi tomado pelos árabes muçulmanos sunitas. Os governantes eram escolhidos pelos Califas (sucessores de Maomé com poder político e religioso), permanecendo no poder por cerca de 600 anos.

Séculos depois, em 1798, era a vez das tropas francesas de Napoleão Bonaparte invadirem o país, impactando sua cultura irreversivelmente. Após a retirada francesa, várias facções locais lutaram pelo poder, mas o mesmo permaneceu entre os egípcios.

Final do século 19 até hoje

Em 1869 foi inaugurado o famoso Canal de Suez, tornando a região muito importante mundialmente no concernente ao comércio e ao transporte. Como o país contraiu pesadas dívidas por causa da obra (uma das maiores da engenharia em todo o planeta na época), o Reino Unido, seu maior credor, interveio e aproveitou-se da situação para dominar o país militarmente. Em 1914, os britânicos declararam o Egito como seu protetorado. Os egípcios, nos anos seguintes, começaram a se rebelar contra o poderio estrangeiro, resultando em grandes revoltas que levaram à independência do país em 22 de fevereiro de 1922. Mas os britânicos ainda controlavam o importante canal oferecendo, em “troca”, a defesa do território.

A monarquia local caiu em 1953 e a república foi proclamada. Em julho de 1956, o Canal de Suez foi nacionalizado. Na década seguinte, na histórica Guerra dos Seis Dias, Israel invadiu a península do Sinai.

Em 1973, na Guerra de Outubro (ou de Yom Kippur), o Egito tomou a península do Sinai de volta em um ataque surpresa. Os Estados Unidos e a então União Soviética intervieram e negociaram o cessar-fogo. Em troca da paz com Israel, o Sinai foi reintegrado ao Egito. Em 1979, um tratado de paz oficial estipulou a retirada permanente dos israelenses da região. Os fundamentalistas islâmicos não gostaram do tratado e assassinaram o então presidente egípcio Anwar Sadat em um desfile militar no Cairo, capital do país, em 1981. Seu sucessor, Hosni Mubarak, permanece no poder até hoje após múltiplas reeleições. A escolha democrática é um engodo disfarçado de democracia, e o Egito é alvo de severas críticas quanto ao desrespeito aos direitos humanos, por organizações como a Anistia Internacional e a Human Rights Watch.

Turismo

É muito comum um passeio ao Egito começar por Israel. Na terra de Davi há apenas uma agência especializada no turismo para o país vizinho. As excursões saem de Tel Aviv e Jerusalém, e pode-se chegar ao Egito de ônibus ou avião. O pacote para quem vai de ônibus custa, em média, 300 dólares e inclui a viagem até o Cairo, duas diárias com café da manhã em um hotel 4 estrelas (que é similar a uma pousada simples e sem luxo no Brasil, no entanto, os próprios agentes de viagem recomendam aos clientes não se hospedarem em um hotel inferior a essa categoria). Os passeios são pagos à parte, com desconto de 50% para estudantes e idosos.

Cairo

A viagem de ônibus para o Cairo, desde Jerusalém, dura em média 16 horas. É uma verdadeira aventura. A estrada é uma reta no meio do deserto do Sinai, não há sinalizações ou qualquer vestígio de civilização. Há somente uma parada, em um tipo de bar muito simples no deserto, no qual não é recomendado comer nada para quem está acostumado a comida de melhor qualidade. Recomenda-se levar o próprio alimento para a viagem.

Na capital egípcia, o trânsito caótico, com muitas vias elevadas e a expansão da cidade, sem qualquer planejamento urbano, lembram bastante grandes cidades brasileiras em seus bairros menos favorecidos. Há uma lei que desobriga os cidadãos a pagarem os impostos de construções inacabadas, por isso, é comum ver muitos imóveis eternamente em construção, o que piora a paisagem de caos.

A religião predominante no Egito é o islamismo, embora haja minoria cristã. A forma de o muçulmano orar, ajoelhando-se e encostando a cabeça no chão, deu origem a um costume peculiar. Aquele que tiver a marca mais roxa na testa demonstra que bateu a cabeça no chão com mais força, o que, na concepção deles, simboliza maior fé e inspira mais respeito.

Na culinária típica, destaca-se o kushari, um alimento feito de arroz com lentilhas, molho de tomate, macarrão e cebola picada e frita no topo, muito saboroso. Um prato desses, muito bem servido, custa, em média, R$ 3. Há também o kerkedê, um chá gelado e com gosto forte, produzido a partir das pétalas do Hibisco. Ambulantes comercializam o chá nas ruas, e ele também é servido como cortesia em muitos comércios, com o intuito de recepcionar e agradar o freguês.

No entanto, deve-se ter muito cuidado sobre onde comer no Egito, porque a água no Cairo é contaminada. Não se deve, de forma alguma, consumir água da torneira – é importante sempre comprar garrafas de água mineral, devidamente lacradas, e evitar o consumo de frutas quando não se sabe a origem, porque a água utilizada para regá-las pode ser contaminada.

O shuk (feira) local é um dos maiores do Oriente Médio. Lá é possível comprar desde bijuterias, roupas, calçados, tecidos, comida, especiarias, souvenirs, até camelos. Facilmente, um “guia do shuk” acompanha os turistas, mesmo contra sua vontade, e se comunica em seu idioma. É preciso ter paciência para dispensar seus serviços, pois os guias são muito insistentes.

As mulheres muçulmanas e também as poucas cristãs do Egito são muito discretas na vestimenta. Cobrem desde os pulsos até o tornozelo. É comum os egípcios se impressionarem ao verem uma turista trajando roupas mais insinuantes e, para eles, a simples exposição dos braços já é incomum e pode causar assédio.

As pirâmides
As Pirâmides do Egito ocupam a primeira posição na lista das sete maravilhas do mundo antigo, e são as únicas das antigas maravilhas que ainda persistem. Visitá-las é um dos passeios considerados obrigatórios pela maioria dos especialistas em turismo e história, embora todos os outros sejam muito interessantes.

Localizadas no Planalto de Gizé, são facilmente avistadas de qualquer parte do Cairo. Acredita-se que foram erguidas há 2.700 a.C. pelos faraós Quéops, Quéfren e Miquerinos, e por isso receberam seus nomes.