As questões envolvendo a vestimenta feminina e o poder de
sedução através do comportamento são debatidas há anos entre evangélicos, e o
surgimento de um termo que define mulheres que se vestem de maneira propensa a
seduzir homens, “piriguete”, foi usado pela conselheira de casais Dani Marques
em um artigo sobre o assunto, publicado em seu blog.
Segundo Dani Marques o “estilo piriguete” é “uma moda que
chegou para destruir vidas e relacionamentos”. Em seu texto, a conselheira
ironiza a determinação de mulheres que adotam o estilo mesmo no inverno: “O
interessante, é que as adeptas a esse estilo não sentem frio. Não sei qual o
segredo. Talvez o fogo que vem de dentro”.
A difusão dessa nova moda no meio evangélico foi comentada
com igual humor pela blogueira: “A moda gospel conta com peças segunda pele,
decotes ousados e blusinhas puxa-puxa: uma mão levantada pra louvar e a outra
puxando a blusa para evitar que a barriga apareça”.
O tom de humor usado pela conselheira de casais em seu texto
não diminui sua preocupação com as consequências que essa nova moda pode
trazer: “Há uns 2 meses atrás, uma esposa compartilhou comigo que seu marido
havia passado todo o período do culto desnorteado. Não conseguiu prestar
atenção em uma palavra sequer, por conta de um bumbum bem modelado em uma calça
jeans agarrada no banco da frente”, revela Dani Marques.
A questão psicológica foi abordada em dois pontos no texto:
“Mulheres que se portam como vadias, atrairão cafajestes. Quer se casar com um
cavalheiro? Então porte-se como uma dama”, orientou Marques, antes de citar
dados científicos para reforçar seu argumento: “Se você não teve um pai que foi
amigo, companheiro, seu maior admirador e ao mesmo tempo um exemplo de
autoridade, é muito provável que você busque inconscientemente suprir esta
falta com os homens que passarem pela sua vida, seduzindo-os através do seu
corpo e modo de vestir. Pesquisas comprovam isto. Mas saiba que a única coisa
que vai colher é decepção e frustração”, pontuou.
O tema foi abordado também no blog “Galera Radical”, em que
a publicação “Piriguete Gospel”, voltada às adolescentes evangélicas que
aderiram à moda e seu comportamento, critica a prática: “A piriguete precisa
mostrar 24 horas por dia e em qualquer lugar que é atraente, que possui um
corpão e que os meninos babam por ela. Ela precisa chamar a atenção. Para isso,
usa toda sorte de artifícios para mostrar o seu corpo. Roupas coladas,
decotadas e mini-saia constituem 90% do seu guarda-roupa”, descreve o texto.
Já no blog “Inconformados”, o post “Piriguete ou
Pirigospel?” descreve os shows gospel como os “lugares que a gente vê como a
crentaiada é super sem noção de Reino”, e afirma que “a galera consegue tornar
tudo gospel: música, show, ficada, e também piriguete gospel”.
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