terça-feira, 31 de julho de 2012

Uma dracma perdida

"O Senhor é misericordioso, e, para receber Sua bênção, precisamos estar em comunhão e íntegros em nossa fé"
           

Quando se comete um erro na vida, e se persiste nele, por mais que os outros não percebam, a sua consciência sempre estará a lhe despertar para isso. Então, chegará um momento em que, afastado da igreja física ou espiritualmente, o indivíduo não suportará mais o pecado.

Mesmo quem hoje frequenta uma igreja pode estar afastado da Palavra. Apesar de estar de corpo presente nas reuniões, a alma está longe da presença de Deus. Se você, neste momento, sente-se assim, pode ser um afastado, uma dracma perdida.

Dracma não é apenas uma moeda (que teve sua origem na antiguidade e foi usada novamente pela Grécia moderna como dinheiro, antes do Euro). Na Bíblia, em Lucas 15, o Senhor Jesus recebe os pecadores e lhes conta parábolas, como a da dracma perdida. À época, o noivo dava para a noiva um colar com 10 dracmas, para que ela usasse e demonstrasse compromisso, uma aliança com seu marido.

“Ou qual é a mulher que, tendo dez dracmas, se perder uma, não acende a candeia, varre a casa e a procura diligentemente até encontrá-la? E, tendo-a achado, reúne as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo, porque achei a dracma que eu tinha perdido. Eu vos afirmo que, de igual modo, há júbilo diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende.” Lucas 15:8-10

Assim como a dracma não deve se perder do colar, não devemos nos perder da presença de Deus, mas devemos sim alinhar e renovar, sempre, nosso compromisso com Ele. O Senhor é misericordioso e, para receber Sua bênção, precisamos estar em comunhão e íntegros em nossa fé.

Se você não é uma dracma perdida, ofereça ajuda. Resgate uma dracma do chão para que ela não seja mais pisada, e nunca mais se perca do Senhor. Se você sente-se uma dracma perdida, arrependa-se em vida, ore, peça ajuda. Volte a dar alegria para si mesmo, à sua família e para Deus.

Homens da Bíblia: Mardoqueu (ou Mordecai)

"Ele fez o que Deus queria que fizesse"
           


Mardoqueu (ou Mordecai, dependendo da tradução da Bíblia) foi um judeu que ficou conhecido por criar sua prima Ester como filha (Ester 2:5-7). Foi um homem sábio, que agiu conforme a direção de Deus.

Ele ficava assentado à porta do rei e ali sabia dos assuntos da cidade. Certa vez, ouviu que dois homens atentaram contra o rei Assuero e avisou Ester, que levou a notícia ao conhecimento do rei, evitando assim a sua morte (Ester 2:21-23).

Porém, Mardoqueu era o único que não se prostrava a Hamã, quando ele passava, o que causou seu furor (Ester 3:1-5). Hamã então fez com que o rei Assuero decidisse matar todos os judeus, para que assim Mardoqueu também fosse morto (Ester 3:7-15).

Ester soube da história e se colocou para contar ao rei tudo o que estava acontecendo por causa de Hamã (Ester 4:4-17). Mas, antes disso, Assuero soube que Mardoqueu denunciou dois homens, evitando a sua morte, e se sentiu impelido a honrar a quem o havia defendido (Ester 6:1-3).

A honra na hora certa

Mardoqueu foi um homem que não se prostrou a Hamã, e fez tudo corretamente, porque tinha sua fé estabelecida em Deus. Ele sabia que não podia adorar uma pessoa como se fosse Deus e que não poderia deixar um assassinato acontecer, já que a informação chegou até ele.

Hamã mandou fazer uma forca para matar Mardoqueu (Ester 5:14), mas ele não imaginava que o rei saberia do acontecido e desejaria honrar aquele homem, em vez de desejar a sua morte. Assuero ordenou ao próprio Hamã que preparasse vestes e cavalos de honra para que o povo conhecesse aquele a quem o rei honrava (Ester 6:4-11).

Mas o melhor ainda estava por vir. Depois disso, Ester denuncia Hamã ao rei Assuero, que fica enfurecido e manda enforcá-lo. E isso acontece na forca que ele mesmo havia preparado para Mardoqueu (Ester 7: 1-10).

O que Deus quer

Essa história mostra que, além da honra vir na hora certa, o melhor de Deus recai sobre aquele que se coloca em Sua presença, mais que isso, que O obedece acima de qualquer coisa.

Mardoqueu fez o que era correto e o que estava ao seu alcance para evitar a morte do rei. Além disso, ele não se autopromoveu por causa do que fez, não buscou com suas forças a sua própria honra. Podemos dizer que ele fez o que Deus colocou a ele que fizesse. Por isso pôde viver as recompensas.
Que possamos ser como Mardoqueu: fazer o que Deus quer que façamos, e não conforme o nosso desejo. Somente assim seremos corretamente honrados.

"Noah - A Arca de Noé"

"Superprodução contrata Anthony Hopkins para o papel de Matusalém"
           

A produção já começou, e “Noah – A Arca de Noé”, título de trabalho do novo filme do diretor Darren Aronofsky (“Cisne Negro”), tem mais novidades.
 
A primeira novidade é que Sir Anthony Hopkins (ao centro, na foto acima), que recentemente fez o pai do protagonista de “Thor”, super-herói da Marvel, assinou para interpretar o homem mais longevo da história, o ancião Matusalém.

Jennifer Connely contracenará novamente com Russell Crowe, como a esposa de Noé. Ambos trabalharam em “Uma Mente Brilhante” (foto abaixo), em 2001 – num papel que valeu a Connely o Oscar de melhor atriz.

Logan Lerman (“Os Três Mosqueteiros 3D”) também trabalha no filme, no papel de Cão, filho de Noé. Emma Watson, a eterna Hermione da saga “Harry Potter”, será Ila, uma moça que se relaciona com outro filho do patriarca, Sem. Os dois jovens atores acabaram de contracenar na adaptação do livro “As Vantagens de Ser Invisível” (foto abaixo, à direita), do escritor Stephen Chbosky, que também dirige o filme, ainda a estrear na telona.
Dakota Goyo, que fez recentemente o filho de Hugh Jackman em “Gigantes de Aço”, também entrou na lista, para o papel de Noé quando criança. Outra que pode ser oficialmente confirmada a qualquer momento é a versátil Saoirse Ronan, em papel ainda não detalhado. A jovem atriz chama muito a atenção pela qualidade de seu trabalho, como mostrou em “Desejo e Reparação” e no mais recente “Caminho da Liberdade”. Por enquanto, as notícias sobre ela no filme não passam de rumores, e não se sabe ao certo se Emma Watson pegou o papel que seria dela ou se fará outra personagem.

O filme é adaptado de “Noah” (detalhe na foto à esquerda), elaboradíssima história em quadrinhos também escrita por Aronofsky e Ari Handel. Os dois escreveram o primeiro tratamento do roteiro, que agora está sendo refeito por John Logan – dos ótimos “Gladiador”, de Ridley Scott e “A Invenção de Hugo Cabret”, de Martin Scorsese.

A arca cenográfica já começou a ser construída. O cenário é enorme, como mostrou o próprio diretor – que desistiu de dirigir a nova aventura do super-herói Wolverine para se dedicar a este projeto – em, seu perfil no Twitter (foto abaixo).


O filme demorará mais um pouco do que o anteriormente previsto, pelo grande vulto da produção, inicialmente orçada em 150 milhões de dólares (cerca de 300 milhões de reais), boa parte absorvida pelos efeitos especiais de primeiríssima que o estúdio divulga que está usando – reproduzir o Grande Dilúvio nas telas não vai ser brincadeira.

“Noah – A Arca de Noé” teve uma data de estreia definida pela Paramount Pictures: 28 de março de 2014.

O filho pródigo tinha um pai

"Nós também temos. Todos nós."
           

Até mesmo quem não é cristão conhece a parábola do filho pródigo, contada por Jesus na Bíblia (Lucas 15).

Mas, ao contrário do que muitos pensam, o foco principal da história que o Messias contou em forma de metáfora pode não ser exatamente a do filho que resolveu sair de casa por simples aventura. Obviamente, ele é parte importantíssima da trama. Entretanto, seu pai é que chama a atenção.

A atitude do filho, de sair da proteção paterna, já que tinha recursos (a sua parte na herança, dada ainda em vida) e ganhar a estrada por conta própria, numa analogia com quem acha que se basta e não precisa mais de Deus, era esperada.

Contudo, a atitude do pai, de receber o filho de braços abertos após tudo ter dado errado em sua jornada inconsequente, surpreende a muitos. Simboliza Deus, cujo amor incondicional permite que aceite de volta as “ovelhas desgarradas”.

Deus é justo

O filho mais novo pediu sua parte na herança. O pai a deu, mas também concedeu ao filho mais velho seu quinhão. Era justo. Ainda que o mais velho não tivesse pedido, a justiça foi feita. Todos temos alguém nos Céus que advoga a nosso favor.

Deus respeita o livre arbítrio

Outra atitude interessante do pai é que ele poderia fazer pressão para o filho não fazer a grande besteira que intencionava. Poderia ordenar que ficasse, ou tentar “comprar” sua permanência com algum mimo valioso ou outra vantagem de grande monta. Ainda assim, embora estivesse com certo poder em suas mãos para evitar que o rapaz caísse no mundo, atendeu ao que ele quis. A Palavra Sagrada não fala, claramente, o quão triste o pai ficou. Mas a tristeza é bem mais do que evidente em um acontecimento desses. Ainda assim, respeitou o livre arbítrio do filho, e deixou que fosse. Não quis “comprar” o respeito e o amor do filho. Desejava seu amor, mas sincero, sem ser por interesse.

O ímpeto de agir sozinho

O garoto não conversou com o pai antes de tomar a decisão. Não pediu conselhos. Já chegou contando o que ia fazer. Ele tinha um pai amoroso e sábio à sua disposição para conversar a hora em que quisesse, mas esnobou isso. Uma atitude um tanto egoísta até, pois não pensou na tristeza de sua família quando saísse. Pensou na vida de esbórnia que tanto desejava, doesse a quem doesse, sacrificando até parte preciosa do patrimônio da família, que o pai tanto batalhara para conseguir. Cresceu como membro daquela família, como filho, mas não agiu como filho. Crescer numa igreja ou dizer da boca para fora que é servo de Deus é uma coisa, ser de Deus de verdade é outra. Ele não foi sensível ao que o pai ensinara a vida toda. Estava ali fisicamente, mas não o ouvia de fato. Embora a atitude do jovem fosse tola, foi completamente respeitada.

Má utilização das dádivas

O filho recebeu a herança do pai em vida. Recebemos em vida a inteligência, bem como a fé que o Espírito Santo deposita em nós. Assim como o pródigo jovem dissipou sua herança vivendo desregradamente, muitas vezes utilizamos mal os dons dados por Deus. Adoramos a outros “deuses” (pessoas, falso status, dinheiro, etc.). Resultado: passar fome. Física no personagem da parábola e espiritual, em nosso caso.

O filho pródigo acabou tendo que trabalhar para “um dos senhores daquela região”. Quem esnoba a proteção de Deus trabalha para o inimigo, que cria uma situação de dependência nociva, aprisiona. E às vezes aprisiona em um cativeiro confortável, o prisioneiro nem se dá conta de que não pode sair, pois acha que está bem. No caso do rapaz da história contada pelo Messias, não foi assim. Teve que comer a lavagem destinada aos porcos para não morrer de fome. Desdenhou sua posição privilegiada ao lado do pai para virar um mendigo.

Seu pai podia, a qualquer momento, mandar alguém procurá-lo. Por amor, deixou que o próprio filho caísse em si.

O arrependimento

Na tribulação, na dor, recorreu ao pai novamente. O ancião, ao ver de longe aquele caco de gente que um dia fora seu formoso filho, correu abraçá-lo. Nada disse, não julgou. Simplesmente o recebeu em seu lar.

O garoto, humilhado, pensou em voltar para a fazenda do pai, mas como seu empregado. Era melhor do que morrer de fome. Mas teve que ser humilde para tomar tal decisão.

A misericórdia

No entanto, seu pai não o colocou para dormir no celeiro, ou nos alojamentos dos servos. Devolveu o jovem ao seu lugar de outrora. As mesmas roupas luxuosas, as mesmas joias, a mesma comida. E fez uma festa para ele, o que revoltou o outro filho, que reivindicou do pai a mesma atenção, pois era esforçado e se achava merecedor.

Embora a atitude do rapaz mais velho, de trabalhador responsável, fosse boa, parecia só fazê-lo em troca de algo: status e benefícios financeiros. Não fazia simplesmente por amor.

Deus aceita novamente os caídos. Resgata seus filhos que, um dia, como aquele rapaz da parábola, acharam que não precisavam mais dEle. Por amor, deixou que fossem. Por amor, os recebeu novamente.

Embora o filho gastador e irresponsável tivesse voltado ao mesmo lugar, já não era o mesmo homem.

A graça

Ele aprendeu que, independentemente de sua inconsequência, havia ali um pai para abraçá-lo. Sem esse amor, de nada adiantaria voltar. Embora até fosse sincero em sua atitude de regressar para trabalhar, recebeu bem mais do que esperava. Sem a figura do pai, nada disso aconteceria. E ninguém poderia censurar o velho se ele não aceitasse mais o garoto.

Ele não merecia, e recebeu. O irmão mais velho achava que merecia, e teve uma lição. O pai não era só pai para um ou para outro. Era para os dois. Apesar das muito diferentes atitudes e intenções de ambos, os amava igualmente, filhos que eram.

Contudo, para termos acesso à misericórdia, ao amor, à graça, Deus não as joga arbitrariamente em cima de nós. Não impõe. Pode, tem poder mais do que suficiente para isso.

Mas quer filhos que O amem de verdade.

E os recebe, de braços abertos.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Lições de Davi: Conselhos

"Medite nos Bons Conselhos, que são os únicos capazes de abrir a sua mente e trazer grandes resultados"
           
Davi foi um homem comum, que tinha consigo o poder da fé e da fidelidade a Deus. Viveu muitas guerras externas e, sobretudo, internas, porém, venceu todas, porque soube ouvir a voz do seu Criador.

Na série “Lições de Davi”, você vai entender o que pode fazer para se tornar uma pessoa de caráter irrepreensível e qual o caminho para receber a paz e realizar os sonhos tão desejados.

De quem devemos ouvir conselhos?
Não siga conselhos de pessoas que dão maus exemplos ou gostam de zombar dos outros ou de suas escolhas. Mais do que isso, fique longe delas e não se associe a elas. Se você deseja ser feliz, tenha prazer nos Bons Conselhos e medite neles, que são os únicos que podem abrir a sua mente e trazer grandes resultados.

O que podemos esperar, então, desses Bons Conselhos?
Tudo acontece no tempo certo, assim como ocorre com a árvore, que no momento exato dá o seu fruto. A grande vantagem de ouvi-Los é que tudo o que você fizer será um sucesso!

Mas, há pessoas que não os seguem e ainda assim conseguem ter vantagem em muitas coisas...
Engano seu. Essas pessoas parecem ser fortes e aparentam ser bem-sucedidas em tudo o que fazem, porém, no fundo, elas são como a palha, que ao mais leve vento é levada por ele. Com o tempo, essas pessoas não conseguirão mais se sobressair sobre os que agem corretamente, mesmo que pareça demorado.

E o que me garante isso?
Todos os nossos passos e pensamentos são conhecidos, e não adianta tentar escondê-los. E da mesma forma como os que agem corretamente são observados, os que praticam a injustiça também. Mas o fim do caminho deles não será bom.
Baseado no capítulo 1 do livro de Salmos

O livro e as sete igrejas

"Para que as pessoas possam ter acesso à glória do Senhor Jesus, elas precisam ver esta mesma glória na Sua Igreja"
           


O livro do Apocalipse é dirigido às sete igrejas da Ásia. Hoje, devido às mudanças políticas que modificaram fronteiras, essa região onde estas sete igrejas se encontravam pertence à Turquia, no continente europeu.

Como o número sete simboliza a perfeição, cremos que estas sete igrejas representam a totalidade da Igreja do Senhor Jesus Cristo. Elas são como um espelho que reflete o perfil do cristão.

Cada uma delas mostra o caráter ou a qualidade de cristão que há em cada um de nós, além de mostrar também o tipo de caráter de igreja que houve e que há no mundo.

E o Apocalipse é dirigido a estas igrejas como uma advertência pessoal do Senhor Jesus. Por isso, é muito importante que, mediante a Sua revelação, cada cristão venha a avaliar minuciosamente a qualidade de servo que tem sido para o seu Senhor.

Semelhante a filho de homem

Obviamente, a visão que João tem do Senhor Jesus, na Ilha de Patmos, não é a mesma que nos dá no seu Evangelho. O Senhor Jesus glorificado não tem a mesma aparência do Jesus, Filho do Homem.
Os quatro Evangelhos nos apresentam a dupla natureza do Senhor, isto é, a Sua natureza humana e a Sua natureza divina, Filho de Deus. Assim sendo, Ele foi a única Pessoa que na parte humana teve mãe, mas não teve pai; e na parte divina tem Pai, mas não tem mãe.

Aliás, esta é a condição permanente do Senhor Jesus Cristo. E quando veio a primeira vez a este mundo, Ele Se manifestou apenas como Filho de homem, ou seja, como ser humano, nascido de Maria, ainda que mantivesse a Sua natureza divina.

Depois de morto, ressuscitado e glorificado, assumiu a Sua natureza divina, a qual o apóstolo Paulo descreve assim:

"Este é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele. Ele é antes de todas as coisas. Nele, tudo subsiste." Colossenses 1.15-17

Será assim o Senhor glorificado que o apóstolo João vê? Inicialmente, não. Vejamos o texto:

"Voltei-me para ver quem falava comigo e, voltado, vi sete candeeiros de ouro e, no meio dos candeeiros, semelhante a filho de homem, com vestes talares e cingido, à altura do peito, com uma cinta de ouro." Apocalipse 1.12,13

Notemos que primeiro o apóstolo vê os sete candeeiros de ouro: "... e os sete candeeiros são as sete igrejas" (Apocalipse 1.20). O que logo chama a atenção aqui é que João, antes de ver o Senhor Jesus glorificado, vê a Sua Igreja!

E o Senhor Jesus no meio da Sua Igreja: "...e, no meio dos candeeiros, um semelhante a filho de homem..." (Apocalipse 1.13). Significa que ninguém é capaz de ver o Senhor Jesus em glória a não ser através da Sua Igreja.

Em outras palavras, para que as pessoas possam ter acesso à glória do Senhor Jesus, isto é, à salvação eterna, precisam ver esta mesma glória na Sua Igreja. Daí a grande responsabilidade daqueles que fazem parte dela, especialmente os seus dirigentes!

Quando uma pessoa, desiludida por todo o engano do mundo, deseja ter um encontro com Deus, para aonde é que ela se dirige primeiro? Para uma igreja cristã! Por quê? Porque ela crê que ali o Senhor Jesus está presente!

Mas se nessa igreja tanto o pastor quanto os membros não resplandecerem a imagem do Senhor Jesus, como aquela pessoa será salva?

É bem verdade que aqueles que pensam que podem manter a comunhão com o Senhor Jesus do lado de fora da Igreja não têm a mínima ideia do prejuízo que estão causando a si mesmos.

Estar fora do convívio da Igreja é o mesmo que tentar criar peixes fora d’água. Mas também é verdade que a Igreja tem a obrigação de manifestar a glória do Senhor Jesus Cristo, conforme Ele mesmo disse: "Vós sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens" (Mateus 5.13).

O sal tem duas funções: dar sabor e conservar. O cristão tem a responsabilidade não só de manifestar a presença de Deus no mundo, como testemunha do Senhor Jesus, mas também de se conservar imune ao pecado, sendo um cristão cristalino, já que o pecado não tem domínio sobre ele: "Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e sim da graça" (Romanos 6.14). Aquele que é de Deus ora, clama, suplica, jejua, geme, enfim, luta com todas as suas forças para que a Igreja seja viva e cheia do Espírito Santo! Aliás, aquele que clama pela Igreja clama por si mesmo.

Lugares da Bíblia - Filadélfia

"Uma das sedes das Sete Igrejas do Apocalipse, Jesus enalteceu a fidelidade dos cristãos locais"
           


Hoje conhecida como Alasehir, a antiga cidade de Filadélfia era sede de uma das Sete Igrejas do Apocalipse, citadas no último livro da Bíblia. No território da atual Turquia, foi fundada por volta de 159 a 138 antes de Cristo (a.C.) por Attalus II, regente de Pérgamo. O nome foi dado em honra ao irmão do fundador, o rei Eumenes II. Em grego, significa “cidade do amor fraternal” – daí a mesma alcunha da cidade homônima nos Estados Unidos, no estado da Pensilvânia, primeira capital norte-americana.

Em Apocalipse, João recebeu de Jesus a revelação endereçada à cidade:

“E ao anjo da igreja que está em Filadélfia escreve: Isto diz o que é santo, o que é verdadeiro, o que tem a chave de Davi; o que abre, e ninguém fecha; e fecha, e ninguém abre:

Conheço as tuas obras; eis que diante de ti pus uma porta aberta, e ninguém a pode fechar; tendo pouca força, guardaste a minha palavra, e não negaste o meu nome.

Eis que eu farei aos da sinagoga de Satanás, aos que se dizem judeus, e não são, mas mentem: eis que eu farei que venham, e adorem prostrados a teus pés, e saibam que eu te amo.

Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que
habitam na terra.

Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa.

A quem vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus, e dele nunca sairá; e escreverei sobre ele o nome do meu Deus, e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu, do meu Deus, e também o meu novo nome.”
Apocalipse 3:7-12
A expressão “sinagoga de Satanás” refere-se ao fato de que os cristãos locais eram severamente perseguidos pelas autoridades judias da cidade. Assim como fez em relação a Esmirna, Cristo enalteceu os fiéis da Filadélfia por sua persistência e fidelidade.

Elevada e próspera

Na atual província turca de Manisa, no Egeu, a cidade é ligada a Esmirna por uma ferrovia de 105 quilômetros. Construída em terreno elevado, até hoje a área é sujeita a terremotos, um dos quais devastou a cidade no ano 17, seguido de tremores de menor impacto, mas ainda poderosos, pelos 20 anos seguintes. Arqueólogos encontraram moedas locais com a efígie do imperador romano Calígula, famoso por sua devassidão e loucura, que auxiliou a cidade em sua reconstrução, já que na época ela fazia parte de seu império.

No período bizantino, Filadélfia foi muito próspera, apelidada como a “Pequena Atenas” por volta do século 6.

Foi conquistada pelos turcos em 1074, recuperada pelos bizantinos em 1098. Passou pelas mãos dos gregos, constantemente reivindicada pelos otomanos. Após vários conflitos, o exército da Grécia ocupou a cidade durante a guerra Greco-turca (1919-1922).

Forçados a sair, os gregos lançaram mão da estratégia “terra arrasada” (destruição total do lugar e de seus recursos, bem como mais de 3 mil de suas vidas humanas, naquele caso específico). Os edifícios foram borrifados com querosene e incendiados. O subúrbio ateniense de Nea Filadelfia (Nova Filadélfia) recebeu esse nome por ter recebido os gregos retirantes de Alasehir, o nome turco da cidade até hoje.

Do alto da urbe, vê-se a extensa e fértil planície do Rio Gediz, cujas nascentes fornecem águas minerais bastante apreciadas na Turquia e em países vizinhos. Outro produto bastante famoso são as frutas secas, sobretudo as uvas passas da variedade sultana (verdes e sem sementes, na foto acima), de qualidade internacionalmente conhecida.

domingo, 29 de julho de 2012

Cultive um relacionamento de qualidade

"O amor verdadeiro não aprisiona. Conheça a fundo seu parceiro e torne a vida a dois próspera"
           


Por que motivo alguém entra e sai da vida de uma pessoa sem estabelecer um vínculo afetivo duradouro? Por que ainda existe tanta dificuldade para se ter um companheiro de verdade? Para a especialista em comportamento humano Roselake Leiros, atualmente, a forma de homens e mulheres se relacionarem é excessivamente livre e superficial, e não traz felicidade. Além disso, a falta de compromisso também leva à sensação de vazio e de amargura.

“Muitos dizem que é gratificante se envolver a cada dia com um novo parceiro, manter relacionamentos totalmente sem compromisso, mas as relações precisam de sinceridade e espaço para ambos terem a oportunidade de expressar o que realmente são. Não há o que temer, pois o amor verdadeiro não aprisiona”, diz a especialista.

Para dar certo, é preciso haver equilíbrio no relacionamento, entre defeitos e qualidades, além disso, entender que o namoro serve como um período de troca de experiências e aprendizado, e não para sufocar. Quando um casal está se conhecendo, é necessário observar o encanto de cada contraste. “Existem diferenças importantes que precisam ser percebidas, compreendidas, respeitadas, discutidas e aproveitadas para o crescimento de ambos. Qual é o objetivo de ter uma vida a dois se não há vontade de conhecer tudo o que o outro tem a oferecer e vice-versa?”

De acordo com Roselake, no geral, a maioria das mulheres vê no relacionamento apenas uma possibilidade da realização dos sonhos e idealizações, e não algo construtivo para os dois. “Já os homens querem ser felizes agora e, com isso, viver a probabilidade de ter um compromisso. Ele não diz que sim e nem que não, apenas deixa acontecer naturalmente”, explica.

Mantenha a chama acessa

“Fixe-se no agora. Deixe as coisas do passado no seu lugar, pois cada momento é único. Transforme sonhos em objetivos e construa-os passo a passo, vivendo cada coisa em seu tempo e com inteireza. Confie que você e seu parceiro são os melhores a cada momento e que podem viver uma vida agradável”, ensina Roselake.

Segundo a profissional, é preciso conhecer a fundo o parceiro e quais são suas necessidades. Saiba reconhecer e admirar os pontos fortes, em você e nele. Procure se doar e receber, de maneira equilibrada. Assuma as responsabilidades que forem cabíveis e designe algumas a ele, não queira resolver tudo. Independentemente da situação, dê sempre o seu melhor.

Além disso, estimular a sintonia, o diálogo sincero, respeito aos gostos de cada um, procurar sempre atender equilibradamente a esses gostos, promover mudanças e viver de forma leve, alegre e espontânea, estimulando as trocas, faz o crescimento do casal e evita que o relacionamento caia na rotina. “Insegurança, cobranças e excessos de qualquer natureza abalam a vida a dois”, afirma a especialista.

Cada pessoa, assim como cada momento, é diferente. Respeitar e aprender com as diferenças, ser flexível, mas sempre respeitar seus valores, viver conscientemente e fazer avaliações de si e do outro como um tudo é importante. “Ame com respeito e acredite na felicidade”, finaliza Roselake.

Lições de Davi: Refúgio

"O que posso fazer quando estou em meio a uma grande aflição?"
           
Davi foi um homem comum, que tinha consigo o poder da fé e da fidelidade a Deus. Viveu muitas guerras externas e, sobretudo, internas, porém, venceu todas, porque soube ouvir a voz do seu Criador.

Na série “Lições de Davi”, você vai entender o que pode fazer para se tornar uma pessoa de caráter irrepreensível e qual o caminho para receber a paz e realizar os sonhos tão desejados.



O que posso fazer quando estou em meio a uma grande aflição?
Faça uma oração, de preferência pela manhã, assim que você acordar, apresentando a Deus tudo o que você está sentindo. Desabafe e creia que Ele está lhe ouvindo. Em seguida, mantenha a confiança em Sua resposta, porque ela virá.

São muitos os meus problemas e, a cada dia, parece que eles aumentam ou se fortalecem ainda mais. A quem posso recorrer?
Existem várias saídas para os seus problemas, mas uma Única pessoa é capaz de lhe direcionar a resolvê-los e dar força para suportar e ultrapassar todos eles.

Dizer que podemos recorrer a Deus não pode ser uma alternativa muito vaga para as nossas dúvidas?
Não, porque Deus sabe quem somos em nossa absoluta essência. Ele conhece os nossos passos e os nossos tropeços, e tem o conhecimento sobre o futuro. Além disso, acima de qualquer coisa Ele é Justiça, e por isso se indigna todos os dias com a mentira, falsidade, fraude, corrupção e toda injustiça.

Por que Ele iria se importar conosco?
Na verdade, quem é o homem para que possa ser ao menos lembrado por Deus? Ele é o criador dos Céus e da Terra, dos astros e estrelas, e mesmo assim nos ouve, porque, para Ele, temos um eterno valor. Além disso, confia no homem, a tal ponto de nos dar completo domínio sobre tudo o que criou.

Se Ele se importa com todas as pessoas, então pode ser que julgue todas as causas de forma igual. Se Deus é misericordioso, não pode beneficiar as pessoas, perdoando e livrando a todos de seus próprios erros, não importando o que tenham feito para prejudicar alguém?
Deus perdoa a todos, mas o arrependimento e a atitude de abandonar o erro é o que vão determinar este perdão. No entanto, mesmo sendo perdoados, não temos como nos livrar da justiça. Se plantamos o que é bom, colheremos o que é bom; se plantamos o que é mau, colheremos da mesma forma. A nossa retidão, integridade e escolhas que fazemos na vida vão determinar o que vamos colher.
Baseado nos capítulos 5, 6, 7 e 8 do livro de Salmos.

As aves

"Em várias passagens da Palavra Sagrada, os emplumados tiveram destaque e simbolismo"
           


“E disse Deus: Produzam as águas abundantemente répteis de alma vivente; e voem as aves sobre a face da expansão dos céus.

E Deus criou as grandes baleias, e todo o réptil de alma vivente que as águas abundantemente produziram conforme as suas espécies; e toda a ave de asas conforme a sua espécie; e viu Deus que era bom.

E Deus os abençoou, dizendo: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei as águas nos mares; e as aves se multipliquem na terra.”
Gênesis 1:20-22
Gênesis pode se referir às aves de uma forma geral, tomando os céus de todo o planeta. Mas em outros livros bíblicos elas têm papéis importantes, e são objeto de muito simbolismo. Seja no sentido literal ou no metafórico, estão em várias passagens das Escrituras.

Isso se dá, especialmente, com as espécies presentes em Israel. Das cerca de 400 encontradas na área, algo em torno de 25 são endêmicas (em toda a Terra, só existem naquela região).

Já no início, ainda em Gênesis, Noé solta um corvo de sua grande arca, para tentar descobrir se já há terra seca onde atracar. Repetidas vezes soltou a ave negra, sem sucesso. Quando soltou uma pomba, o animalzinho retornou com um ramo de oliveira já na segunda tentativa, sendo que, na terceira, nem retornou mais, pois achara seu novo lar (Gênesis 8: 1-20). Até hoje a imagem da avezinha, normalmente branca, com o ramo no bico é símbolo da paz.

Outra passagem bíblica muito importante com o mesmo pássaro foi quando do batismo de Jesus no Jordão, por seu primo João. Após o Messias ser batizado, o Espírito de Deus desceu em forma de pomba sobre ele (Mateus 3:16).

“Parente” da pomba, a rolinha também é personagem, às vezes oferecidas como sacrifício no Tabernáculo ou no Templo de Jerusalém, pelas famílias que não tinham condições de comprar cordeiros, cabritos ou bezerros, ou com outros significados importantes (Gênesis 15:9 e Levítico 1:14; 12:6).

Cristo utilizou até mesmo os simples galináceos domésticos como símbolo em seus ensinamentos e admoestações:

“Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, e apedrejas os que te são enviados! quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, e tu não quiseste!”
Mateus 23:37

Mais conhecida ainda é a passagem em que Pedro diz a Jesus que nunca o negará, mas o Mestre diz ao apóstolo que ele o fará três vezes antes mesmo de o galo cantar duas vezes naquela madrugada (Marcos 14:29-30).

A águia era o maior pássaro voador de Israel. O próprio Deus, falando a Moisés, usou-a como símbolo de Seu cuidado para com o povo hebreu, já livre dos egípcios, rumando pelo deserto:
“Ao terceiro mês da saída dos filhos de Israel da terra do Egito, no mesmo dia chegaram ao deserto de Sinai,

Porque partiram de Refidim e entraram no deserto de Sinai, onde se acamparam. Israel, pois, ali se acampou em frente ao monte.

E subiu Moisés a Deus, e o SENHOR o chamou do monte, dizendo: Assim falarás à casa de Jacó, e anunciarás aos filhos de Israel:

Vós tendes visto o que fiz aos egípcios, como vos levei sobre asas de águias, e vos trouxe a mim;”
Êxodo 19:1-4

A mais famosa entre as aves de rapina aparece novamente em vários trechos de mais oito livros bíblicos. De rapina também são os falcões, velozes no voo e com bicos e garras afiados. Outra ave carnívora da qual o texto bíblico fala, mas não dotada de beleza, é o mal afamado abutre (Levítico 11:13-14). As corujas (também chamadas de mochos), soturnos animais que, dependendo da espécie, têm ativa vida noturna, também foram citadas como símbolo de solidão (Salmo 102:6-7).

Os pavões, uma das mais intrigantes e belas aves do planeta, não aparecem especificamente no texto bíblico. Mas é famosa a história de que Salomão, quando construiu seu imponente e luxuoso palácio, mandou importar de onde hoje se encontram a Índia e o Sri Lanka alguns espécimes da ave que tem uma das mais belas plumagens da Terra, cujos machos exibem uma grande cauda em forma de leque para atrair as fêmeas.

As codornizes, parentes da codorna que facilmente conhecemos no Brasil, aparecem em Números (11:31-32), quando Deus as enviou como alimento ao povo liderado por Moisés, assim como em Êxodo:

“E o SENHOR falou a Moisés, dizendo:

Tenho ouvido as murmurações dos filhos de Israel. Fala-lhes, dizendo: Entre as duas tardes comereis carne, e pela manhã vos fartareis de pão; e sabereis que eu sou o SENHOR vosso Deus.

E aconteceu que à tarde subiram codornizes, e cobriram o arraial; e pela manhã jazia o orvalho ao redor do arraial.”
Êxodo 16:11-13

Em várias outras partes da Bíblia, aparecem outras espécies de aves, das mais simples às mais exóticas: garças, avestruzes, perdizes, pelicanos, cegonhas, andorinhas e cisnes, entre outros.

sábado, 28 de julho de 2012

Mágoa e perdão

"Não passe mais os seus dias se valendo de emoções antigas"
           


Imagine se a cada novo dia você vivesse algo que já passou e sofresse tudo novamente. Esse é o sentimento que tem aquele que guarda ressentimento por algo ou mágoa por alguém, e acredita que, assim, estará prendendo a outra pessoa a uma culpa ou remorso, enquanto é ela mesma que estará presa a uma tristeza sem fim.

Deus quer nos ver plenamente realizados e felizes. Porém, a mágoa machuca a alma, nos impede de darmos um passo adiante, de avançarmos em um voto de fé e de recebermos a misericórdia de Deus. Esta somente virá quando realmente nos arrependermos de nossa atitude contra nós mesmos e perdoamos o outro.

“Estou cansado de tanto gemer; todas as noites faço nadar o meu leito, de minhas lágrimas o alago. Meus olhos, de mágoa, se acham amortecidos, envelhecem por causa de todos os meus adversários. Apartai-vos de mim, todos os que praticais a iniquidade, porque o Senhor ouviu a voz do meu lamento;” Salmos 6: 6-8

O futuro que sua vida levará depende unicamente de você e sua fé. Ore. Converse com o Senhor e identifique se dentro de você há alguma mágoa enrustida e por quem. Perdoe essa pessoa, deixa-a ir embora por bem e livre-se desse peso. Faça desse episódio uma aula e guarde apenas o que aprendeu de bom dessa historia, para que o mal não se repita em sua vida.

Não passe mais os seus dias se valendo de emoções antigas. Assuma as rédeas de sua vida, use a razão e assuma os seus atos. Planeje melhor o que quer. Depois de enfrentar um desafio, você sairá mais maduro, fortalecido e preparado para receber o Espírito Santo. Você estará preparado para ser abençoado.

Quanto um ressentimento nos custa? Pense nisso, reflita sobre suas atitudes e compartilhe com seus amigos, no trabalho e nas reuniões, com sua família em casa, e com Deus em suas orações diárias.

Lições de Davi: Confiança

"Procure a Única pessoa que pode lhe ajudar e desabafe todas as suas aflições"
           
Davi foi um homem comum, que tinha consigo o poder da fé e da fidelidade a Deus. Viveu muitas guerras externas e, sobretudo, internas, porém, venceu todas, porque soube ouvir a voz do seu Criador.

Na série “Lições de Davi”, você vai entender o que pode fazer para se tornar uma pessoa de caráter irrepreensível e qual o caminho para receber a paz e realizar os sonhos tão desejados.



O que fazer com os problemas, que parecem não parar de se multiplicar?
São inúmeros os nossos problemas, mas se você tiver humildade para falar com a Pessoa certa, Ela lhe responderá e lhe ajudará a solucionar todos eles. O importante é você não temer e confiar, para que se mantenha sempre em paz.

É conveniente recorrer à mentira para se livrar de alguns problemas?
Isso só prova que você não tem confiança. No início, o resultado do uso da mentira pode até ser bom, mas ela será descoberta mais cedo ou mais tarde. Essa atitude trará vergonha a você e Àquele em quem você diz confiar. Saiba que as pessoas justas e misericordiosas são conhecidas porque são diferentes, por isso são atendidas quando precisam.

É errado ficar com raiva de algo que aconteça? Muitas vezes, é muito difícil segurar esse sentimento.
Não há problema em ficarmos irritados, nervosos ou até irados. O que não podemos fazer é tomar atitudes baseadas nestes sentimentos, pois corremos o risco de cometer muitas bobagens. O ideal é parar para refletir, meditar e assim tentar sossegar o coração.

O que faço, então, para acabar com a minha angústia?
Seja sincero com o que você está sentindo. E não esconda nada que esteja em seu coração. Procure a Única pessoa que pode lhe ajudar e desabafe todas as suas aflições.

Há muitas pessoas que confiam tanto que sempre vão se dar bem que não pensam duas vezes antes de prejudicar alguém. Será que algum dia elas serão punidas?
Não se preocupe com elas. Essas pessoas acham que nunca vão ser desmascaradas. No entanto, cada uma receberá conforme a obra que realizou. Em outras palavras, o que elas estão plantando, seja bom ou ruim, um dia, cedo ou tarde, também irão colher.
Baseado nos capítulos 4 e 62 do livro de Salmos

É possível escapar da morte?

"Ela vem quando menos se espera. Você tem certeza do destino da sua alma?"
           
A morte vem quando menos se espera.
Pode vir em situações prováveis, bem como nas improváveis.
Em uma aventura.
Em uma diversão.
Em um passeio.
No trânsito, dirigindo ou atravessando a rua.
Em casa, ao dormir.
Em uma viagem.
No trabalho.
Ou simplesmente sentado, aguardando numa fila.
A morte é implacável, certa e precisa.
Sabendo disso, o que você está fazendo para preparar a sua alma? Ou você pensa que quando a morte vier tudo acabará?
Não é no cemitério que você viverá após morrer, tampouco se reduzirá a pó ou cinzas simplesmente.
Ali será morada do seu corpo. E a sua alma, onde passará a outra vida? A vida eterna, em que, diferentemente da terrena, não será necessário preocupar-se com projetos, sonhos, família, objetivos ou futuro.
Porque na vida eterna ou se viverá muito feliz, ao lado do Senhor da Salvação, ou profundamente triste, perdido e arrependido, por ter passado os anos de sua vida recusando a salvação.
É por isso que enquanto há vida existe tempo para escolher onde se passará a eternidade. Ainda há chance de escolher onde morar.
Muitas pessoas até conseguem escapar, por um tempo, da morte, mas em algum momento, ela vem e não erra.
Você sabe o dia da sua morte? O dia em que deixará o seu corpo? Você sabe quem o receberá assim que sua alma se desprender de sua carne?
Não espere mais nenhum minuto. Este pode ser o último chamado para a sua salvação.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Costumes da Bíblia - Saudações

"Formas distintas de cumprimentos eram usadas no Velho e no Novo Testamento"
           

Nos tempos bíblicos, três tipos de saudação eram mais usados no cotidiano, de acordo com a intimidade com a pessoa cumprimentada.

Um simples gesto com a mão, sem contato físico, era o mais comum. Podia ou não ser acompanhado de palavras: “saudações”, “alegre-se” ou “a paz esteja convosco”, por exemplo.
“Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Paz seja convosco; assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós”
João 20:21
Quando Jesus ordenou que 70 homens saíssem a anunciar os preceitos de Deus, orientou-os quanto à saudação quando chegassem à casa de uma família:
“E, em qualquer casa onde entrardes, dizei primeiro: Paz seja nesta casa.”
Lucas 10:5
Depois, vinha o beijo formal, geralmente para amigos ou convidados. As mãos eram postas nos ombros da outra pessoa, ambas se abraçavam e davam um beijo na face direita e outro na esquerda, nessa ordem. Assim Samuel beijou Saul quando o ungiu (1 Samuel 10:1). O fariseu Simão não cumprimentou Jesus dessa forma quando o recebeu em sua casa (Lucas 7:45).
Paulo falou desse beijo em Romanos 16:16):
“Saudai-vos uns aos outros com santo ósculo. As igrejas de Cristo vos saúdam.”
Romanos 16:16
Havia um beijo que pedia mais intimidade, demonstração de amizade mais profunda, ou, no caso de ser entre sexos diferentes, interesse amoroso (Gênesis 29:11).

Foi esse o beijo que Judas traiçoeiramente deu em Jesus, para mostrar aos soldados romanos, como combinado, quem era o Messias, entregando-o.
“E, estando ele ainda a falar, surgiu uma multidão; e um dos doze, que se chamava Judas, ia adiante dela, e chegou-se a Jesus para o beijar.

E Jesus lhe disse: Judas, com um beijo trais
o Filho do homem?”
Lucas 22:47-48
Havia a reverência, mais formal, feita a um convidado ilustre ou a alguém de destaque na sociedade, como uma autoridade. A pessoa que cumprimentava podia baixar a cabeça, respeitosamente, dobrar a cintura para a frente ou, ainda, prostrar-se. Tal atitude também era tomada em relação a alguns emissários de Deus:
“Depois apareceu-lhe o SENHOR nos carvalhais de Manre, estando ele assentado à porta da tenda, no calor do dia.

E levantou os seus olhos, e olhou, e eis três homens em pé junto a ele. E vendo-os, correu da porta da tenda ao seu encontro e inclinou-se à terra,

E disse: Meu Senhor, se agora tenho achado graça aos teus olhos, rogo-te que não passes de teu servo.”
Gênesis 18:1-3
Entretanto, tal cumprimento podia ser confundido com adoração. Alguns não o faziam, pois acreditavam que só deveriam se curvar desta forma para Deus. Por isso, Pedro orientou o centurião Cornélio a não fazê-lo, quando entrou na casa do romano:
“E aconteceu que, entrando Pedro, saiu Cornélio a recebê-lo, e, prostrando-se a seus pés o adorou.

Mas Pedro o levantou, dizendo: Levanta-te, que eu também sou homem.”
Atos 10:25-26
Outros prostravam-se só por acharem que era sinal de profundo respeito, sem intenção de adoração.

A parábola dos talentos



A parábola dos talentos é contada no Evangelho de Mateus 25: 14 a 30. Três homens recebem do seu Senhor talentos em quantidade diferentes: "A um deu cinco talentos, a outro, dois e a outro, um, a cada um segundo a sua própria capacidade; e, então, partiu." (verso 15). Certo dia o Senhor dos servos retorna a terra e pede contas dos talentos recebidos:
  • Então, aproximando-se o que recebera cinco talentos, entregou outros cinco, dizendo: Senhor, confiaste-me cinco talentos; eis aqui outros cinco talentos que ganhei.
  • E, aproximando-se também o que recebera dois talentos, disse: Senhor, dois talentos me confiaste; aqui tens outros dois que ganhei.
  • Chegando, por fim, o que recebera um talento, disse: Senhor, sabendo que és homem severo, que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não espalhaste,receoso, escondi na terra o teu talento; aqui tens o que é teu.
  • Os que multiplicaram os talentos foram elogiados: "Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor."
  • O que enterrou o talento, recebe punição:"E o servo inútil, lançai-o para fora, nas trevas. Ali haverá choro e ranger de dentes."

Capacidade e Talento

A condição para diferenciar a quantidade de talento a ser recebida era "a capacidade de cada um". Implica dizer que quem recebeu mais foi julgado com maior capacidade de multiplicar o talento, o que recebeu menos tinha uma capacidade menor. Então não somos iguais em capacidade, todos não temos os mesmos direitos? A quantidade aqui não designou grau de importância. Receber menos não significou ser preterido ou discriminado, pelo contrário, o tempo e a oportunidade foi igual para todos: " voltei-me, e vi debaixo do sol que não é dos ligeiros a carreira, nem dos fortes a batalha, nem tampouco dos sábios o pão, nem tampouco dos prudentes as riquezas, nem tampouco dos entendidos o favor, mas que o tempo e a oportunidade ocorrem a todos." Eclesiastes 9:11
Embora tempo e oportunidade ocorram à todos, cada pessoa tem capacidade diferente, graças a Deus por isso! Esse é o motivo de termos variedade de profissões no mundo. Na vida eclesiástica não é diferente. Romanos 12: 6-8: "De modo que, tendo diferentes dons segundo a graça que nos foi dada, sejam eles exercidos segundo a medida da fé."

Deus conhece a capacidade e fé de cada homem e de forma justa distribui dons. Cabe a cada um exercer com presteza e responsabilidade o talento. Receber um talento e fazer bom uso dele pode significar multiplicá-lo à ponto de ultrapassar em números o que recebeu dois ou mais talentos. Contudo, o objetivo da parábola não é competição numérica, mas de trabalho.

Valor do Talento

Talento, em grego talanton, talanton, pesava cerca de 26 kg, e poderia ser de ouro, prata ou cobre, sendo de um valor monetário altíssimo, equivalendo a cerca de 6.000 denários, ou algo como 6.000 dias de trabalho, ou mesmo 20 anos de tarefas para o homem comum. O uso da moeda na parábola é metafórico simbolizando algo de muito valor.

Gratidão e reconhecimento

A parábola transmite claramente que os dons pertencem ao senhor dos servos: "E lhes confiou os seus bens" (verso 14). Os homens que multiplicaram o talento demonstraram conhecer seu Senhor, eles receberam bem a mensagem: reconheceram o valor do talento, o senhorio e de forma grata cuidam do que lhes foi dado, vigilantes sobre o dia da prestação de contas.

O que enterrou o talento tinha uma ideia errônea sobre o caráter do seu Senhor. Por que escolhe enterrar a moeda em uma cova? Que sentimento o motiva a isso? Podemos afirmar que esse servo era incapaz, não porque Deus assim o fizesse, mas porque não buscou conhecer seu Senhor e receber Dele os ensinamentos necessários para seu sucesso. A capacidade para administrar os dons espirituais tem alicerce espiritual.

Paulo bem afirma: Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus. Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus. 1 Coríntios 2:11-12.

O homem que enterra o talento não era espiritual. Ele rejeita o Espirito Santo, apesar de receber nome de "servo". Sem o Espirito Santo em sua vida, não há modo de multiplicar os dons. Sem está ligado a Cristo não há modo de fazer parte do Seu corpo que é a Igreja, aquela responsável por multiplicar os discípulos na terra.

Há diferentes tipos de dons, mas o Espírito é o mesmo. Há diferentes tipos de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. Há diferentes formas de atuação, mas é o mesmo Deus quem efetua tudo em todos. A cada um, porém, é dada a manifestação do Espírito, visando ao bem comum. I Cor 12: 4-7

Enterrando o dom
 
Percebam que o homem que enterra o talento não reconhece sua incapacidade, mas culpa seu senhor pelo fracasso. Uma atitude semelhante a de Adão no Éden ao ser interrogado por Deus sobre sua desobediência. Adão culpa a Eva, culpa a Deus, mas não reconhece que ele é o principal responsável por sua queda.

Procurar culpados não é atitude de vencedores. O bem deve ser nosso espelho, não o mal. A medida que o mal justifica nossas ações, nos igualamos a ele. O homem da parábola não enterra apenas o talento recebido, mas enterra a ele próprio e sem fazer uso de tudo aquilo que Deus o concedeu. Ele tinha algo de muito valor, mas ao invés de desfrutar disso, escolhe ignorar e ainda culpar seu senhor.

Quantos homens estão padecendo fracasso espiritual por não conhecerem a Deus? Criaram em suas mentes uma ideia desvirtuada de Deus e por isso não se aproximam Dele. O inverso dessa primícia é verdadeiro.

Talento para todos

Deus distribuiu dons para os homens, de forma justa. Se vermos alguém frutificando muito para o Reino, enquanto outros nada frutificam, a razão para isso se encontra no coração do homem e na onisciência de Deus. Todos somos igualmente importantes para Deus e através de Jesus, nosso Senhor, recebemos dons para exercício do ministério. Não recebemos mais ou menos do que necessitamos, recebemos o que nos é devido. Cabe a cada um de nós multiplicar com alegria e gratidão aquilo que nos chega às mãos.

O destino dos homens que multiplicaram o talento foi o Reino celeste, junto Àquele que reconhecidamente era Senhor deles: "Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor."

O destino do que enterrou o talento foi a morte eterna, este por escolha, não se importou em conhecer seu Senhor (Jesus) nem se preparou para Sua volta quando deveria prestar contas de suas ações: E o servo inútil, lançai-o para fora, nas trevas. Ali haverá choro e ranger de dentes."

Façamos nossa escolha.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Obediência perdura a bênção!

A Obediência perdura a bênção!
"Sobreveio à terra uma fome, além da primeira, que ocorreu nos dias de Abraão. Por isso foi Isaque a Abimeleque, rei dos filisteus, em Gerar. E apareceu-lhe o Senhor e disse: Não desças ao Egito; habita na terra que eu te disser; peregrina nesta terra, e serei contigo e te abençoarei; porque a ti, e aos que descenderem de ti, darei todas estas terras, e confirmarei o juramento que fiz a Abraão teu pai; e multiplicarei a tua descendência como as estrelas do céu, e lhe darei todas estas terras; e por meio dela serão benditas todas as nações da terra; porquanto Abraão OBEDECEU à minha voz, e guardou o meu mandado, os meus preceitos, os meus estatutos e as minhas leis. Assim habitou Isaque em Gerar." Gênesis 26:1-6


Nessa passagem fica claro e evidente o quanto Papai se agrada e honra a obediência.
Isaque obedeceu. E Abraão, na grande maioria das vezes, é um senhor exemplo pra nós.
Deus lembrou Isaque da obediência de seu pai. Como se disesse: 'Faça o mesmo'.


A decisão de Abraão de obedecer a voz de Deus, gerou bênçãos para todos os seus decendentes, e para ele também.


Os laços da sua amizade com Deus se estreitavam cada vez mais. Abraão foi um cara próspero a beça, a sua mulher era linda, viveu milagres que nos servem de testemunhos até hoje. Depois de velho pintou o maior climão entre ele e sua esposa Sarai, e após 9 meses, eles viram a cara do Isaque.

Foi abençoado onde entrou e onde saiu. E ai eu te pergunto: É pouco pra vc?


Só que ficar ouvindo a voz de Deus e não obedecer, de nada adianta.


A obediência gera benção para nós, para os que nos rodeiam, e para os que virão depois de nós (filhos, netos...).
Ela quebra jugos, desfaz armadilhas do Inimigo, fecha brechas, faz nascer em nós paciência, sabedoria, domínio próprio e a responsabilidade.
Sem contar que é um "anabolizante santo" que nos deixa robustos espiritualmente, e mais firmes na fé.


E o tanto que dói ser obediente? Ou você acha que Abraão foi alegre e saltitante sacrificar seu filho, Isaque?
Paga-se um preço alto, principamente, dentro de nós.


Somos levados a situações como a de Abraão. E nessas horas precisamos ver pela fé, confiar que Deus proverá.


É... Não é nada fácil.
Mas Jesus nunca falou que seria, não é mesmo?


Queremos encorajar você a mudar a história do seu relacionamento com Deus.
E saber bem como é seu Deus, assim como Abraão sabia.


Consagre a Ele a sua vida. Sujeite a Ele o seu coração.
Seja firme na obediência e na santidade. Seja firme na fé em Cristo, nosso maior exemplo de obediência e sujeição.


E não esqueça: o que Ele nos pede jamais será algo sem valor.


Não questione a obediência, decida vivê-la!


Pague o preço e contemple a provisão. Creia Nele!


segunda-feira, 23 de julho de 2012

O atirador de pedras

"Por maior que sejam as dificuldades, sempre existe uma maneira digna de resolvê-las"
           


Eis a narração de um fato curioso ocorrido no tempo em que Saul era o rei de Israel, e o sábio profeta Samuel liderava espiritualmente o povo.

Conta-se que um dia três rapazes praticavam, junto às montanhas da Judéia, o esporte de lançar pedras com a funda, uma espécie de atiradeira, que servia como arma contra os animais selvagens.

Um deles era caçador, o outro era tecelão e o terceiro tocava harpa. Com grande velocidade, as pedras soltavam da funda e iam zunindo até baterem na encosta da montanha.

Porém, quis a fatalidade que uma delas atingisse em cheio o rosto de um pastor desavisado que, contornando a montanha, entrou sem saber naquela zona de tiro. A pedra criou imediatamente um grande hematoma sobre o olho daquele homem.

Revoltado com o ocorrido, ele não aceitou qualquer desculpa e levou o caso ao profeta Samuel, que julgava o povo no templo.

- Esses rapazes me causaram grande dano. Conforme determina a Lei de Deus, entregue a Moisés no deserto do Sinai, exijo que aquele que irresponsavelmente lançou a pedra seja, da mesma forma, ferido sobre o olho, sofrendo o mesmo dano que me infligiu - disse a vítima.

O profeta estava diante de uma causa simples de olho por olho, dente por dente. Havia, porém, uma dúvida. Como as pedras foram atiradas ao mesmo tempo, não se podia precisar de que funda havia saído aquela que atingira o homem.

O profeta, portanto, determinou que o alfaiate, o mais velho e o mais forte entre os três, recebesse a pedrada sobre o olho.

- Meu senhor, sábia é a vossa palavra, porque vem da Lei de nosso Deus. Porém, peço que tenhais clemência. Sou alfaiate e muito preciso de minhas vistas para exercer a profissão que me dá o sustento. Todavia, sabemos que o caçador, quando estica seu arco para desferir a flecha que abaterá sua caça, fecha um dos olhos. Ora, como só precisa de um para exercer sua profissão, que seja ele a sofrer a pedrada - argumentou o primeiro rapaz.

De pronto o profeta concordou e determinou que a sentença recaísse sobre o caçador.

- Meu senhor, quem sou eu para me opor à sabedoria de vossas palavras? Se sou eu a sofrer o dano, que assim se cumpra na vida do vosso servo. Gostaria de lembrá-lo, entretanto, que mesmo fechando um dos meus olhos quando estou para atirar a flecha, ao me deslocar pelo mato preciso os dois, para me defender das feras que procuram me atacar. É sabido que o tocador de harpa, que não corre nenhum perigo em sua profissão, ao dedilhar seu instrumento fecha ambos dos olhos, para se concentrar no som que sai de suas cordas afinadas. Ora, como não lhe faz falta nem sequer um dos olhos para exercer sua arte, que nele se cumpra a vossa sábia sentença - refutou o segundo.

Neste instante, o tocador de harpa, que era o mais jovem e menor entre eles, ao ver que não tinha outro a quem passar a sentença, e vendo cair sobre ele o peso e a dor daquela pena, com sabedoria clamou:

- Meu senhor, profeta de Israel, de que adiantará a este pastor que eu sofra a dor de uma pedrada sobre os olhos? Porventura não lhe será muito mais valioso que o alfaiate lhe prepare uma capa, com a melhor e mais grossa lã dos carneiros, para lhe servir de agasalho contra o frio que varre as noites do deserto? Da mesma forma, que o caçador lhe prepare um suculento cozido da caça do campo, que lhe renove as forças e assim possa descansar de todo o transtorno que sofreu? - sugeriu o harpista.
A esta ideia, a vítima concordou de pronto, expressando esfuziante alegria.

- Mas e tu, sábio rapaz, qual será a tua parte na sentença que indenizará o dano da vítima? indagou o homem de Deus.

- Peço ao meu senhor que considere como minha contribuição o fato de ter encontrado nesta causa o caminho para a paz, alegrando a vítima e poupando da dor os que sem intenção lhe causaram dano — respondeu ele.

O profeta Samuel, impressionado com a esperteza do rapaz, mudou a sentença e assim ninguém teve de sofrer a dor da pedrada.

Alguns anos mais tarde, aquele jovem tocador de harpa, com sua habilidade de atirar pedras com a funda, viria a matar o gigante Golias numa memorável batalha. Com sua sabedoria e simplicidade, ele se tornaria, em breve, o mais famoso e amado rei da história de Israel.

Quando a punição recai sobre alguém, há os que tentam passá-la para algum outro e há os que tentam encontrar uma saída melhor. Nesta história, aprendemos que sempre existe uma maneira honrada e digna de enfrentarmos as consequências de nossos erros. Que o Senhor nos ajude a encontrá-la.

Costumes da Bíblia - Os vários usos do azeite

"O óleo de oliva é citado em várias situações bíblicas, com ampla importância física e espiritual"
           

Não são poucas as passagens da Bíblia, tanto do Antigo quanto do Novo Testamento, em que o azeite de oliva aparece com um importante significado. Hoje mais popular na alimentação, também teve ao longo da história um forte sentido espiritual, além de outros usos, como em medicamentos e cosméticos.

A oliveira, cujo fruto dá origem ao tipo de azeite mais usado no mundo (existem os feitos com outros vegetais), surgiu na região que hoje compreende a Síria – não por acaso, segundo a Bíblia, onde já se situou o famoso Jardim do Éden, primeira morada do homem. Também já foram achadas oliveiras fossilizadas na área do atual Irã.

Há indícios de que o óleo extraído das azeitonas já era usado há 6 mil anos. Os povos da Mesopotâmia o usavam como protetor contra o frio. Untavam a pele com o azeite, que “pega emprestado” o calor do ambiente e não deixa o corpo perder o seu com facilidade. Guerreiros da época também o passavam para ressaltar a musculatura, a fim de intimidar os adversários.

O óleo extraído das azeitonas foi usado por milênios como combustível para lamparinas, fornecendo iluminação noturna nos imóveis, acampamentos ou com intuito cerimonial, como nas menorás (candelabros judaicos de sete lâmpadas, como os que eram usados no Tabernáculo e no Templo de Salomão).


Os mercadores de Tiro eram importantes comerciantes de azeite. Vendiam-no até mesmo ao Egito, já que as azeitonas egípcias não eram de boa qualidade. Israel também produzia muito azeite, mas também o comprava de Tiro. Relatos da comercialização do produto aparecem em livros bíblicos como 2 Crônicas, 1 Reis, Isaías, Ezequiel e Oseias.

Os fenícios e gregos espalharam o uso do azeite pelas outras regiões mediterrâneas (até hoje o óleo grego figura entre os melhores do mundo). Médicos da Grécia já o utilizavam em seus unguentos no século 7 antes de Cristo (a.C.), assim como os romanos e os próprios israelitas, além dos mesopotâmicos e egípcios, como atestam vários achados arqueológicos.


Usos

Além da utilização em temperos e para fritar alimentos, e também para conservá-los, o azeite era matéria-prima de medicamentos de uso tópico (como cremes e pomadas), de cosméticos (cremes e óleos para cabelos e pele) ou ainda misturado a essências perfumadas para uso no corpo ou em ambientes. Misturado a especiarias e flores, com ele era feito uma espécie de incenso.

O sentido espiritual do azeite é frequente até os dias atuais para povos como os judeus e os cristãos. O óleo simboliza a presença do Senhor, também representando o Espírito Santo. Com ele, eram ungidos reis e sacerdotes, conforme a vontade de Deus (como mostrado no vídeo abaixo, da minissérie “Rei Davi”, quando o profeta Samuel ungiu o jovem filho de Jessé).


Jacó, em suas experiências com Deus em Betel, por duas vezes ergueu altares de pedra, sobre os quais deitou azeite (Gênesis 28:18 / 35:14).

Nos sacrifícios diários, também era usado o azeite, sempre de ótima qualidade (como em Êxodo 29:40), assim como na purificação dos leprosos (Levítico 14:10-18). Manjares para ofertas a Deus eram comumente usados sem fermento e com azeite. A ausência do fermento significa a abstinência do pecado, enquanto o azeite simboliza a presença do Senhor. Quando as ofertas eram feitas para a expiação de pecados (Levítico 5:11) ou por causa de ciúmes (Números 5:15), entretanto, não se usava o azeite.

Também era comum os judeus untarem levemente o corpo com azeite após o banho (tem um eficiente efeito hidratante e suavizante da pele) ou antes de importantes festas. Mas em ocasiões tristes como a de luto, ele não devia ser usado – o óleo simbolizava, entre muitas coisas, a alegria.



Em uma das famosas parábolas contadas por Jesus, um samaritano encontra um judeu vitimado por agressão (ilustração acima) e, piedosamente, trata suas feridas com vinho (desinfecção, por causa do álcool) e azeite (com propriedades cicatrizantes). Este uso terapêutico também aparece em Isaías 1:6 (amolecimento de chagas para tratamento), além da cura espiritual (Marcos 6:13 e Tiago 5:14).

Falando em Jesus, Ele próprio, às vésperas de Sua prisão e execução, passou por momentos de oração no Jardim das Oliveiras (foto abaixo), no Getsêmani (“lagar de azeite”, do hebraico – “lagar” é como se designa a moenda que extrai o óleo das azeitonas, ou o local onde ela fica).


Graças aos antigos mercadores do Mediterrâneo, o uso do azeite se propagou para outras terras, que também passaram a produzi-lo. Hoje, o óleo é usado na culinária, cosmética e medicina de várias culturas, inclusive no Brasil, onde chegou pelas mãos dos colonizadores portugueses e espanhóis, cujos países hoje produzem azeite em larga escala, exportado para várias regiões do planeta. Nosso país é o sétimo maior importador mundial de azeite e o segundo de azeitonas, produtos presentes maciçamente em nossa culinária diária. Embora não tenhamos tradição no plantio de oliveiras, pesquisas já começam a dar frutos em Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, e logo poderemos consumir muito azeite de olivas brasileiras, cuja cultura se propagará para outros estados de clima propício.